Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/06/2020
Maior raio do mundo
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estabeleceu oficialmente o novo recorde de maiores raios - e seus respectivos relâmpagos - já registrados na história.
Em termos de distância, o maior raio do mundo ocorreu no Brasil no dia 31 de Outubro de 2018, cruzando os céus por 709 km de leste a oeste da Região Sul, indo do Oceano Atlântico até a Argentina.
Em termos de tempo, o mais longo relâmpago do mundo ocorreu bem próximo, mas totalmente em território argentino. O relâmpago iluminou os céus do nordeste da Argentina durante 16,73 segundos, no dia 4 de Março de 2019.
Os dois novos recordes para "megarraios" mais do que dobraram os valores registrados anteriormente, nos EUA (distância) e na França (duração).
"São registros extraordinários de eventos únicos de raios. Extremos ambientais são medidas vivas do que a natureza é capaz, bem como do progresso científico em poder fazer essas medições. É provável que ainda existam extremos ainda maiores e que possamos observá-los à medida que a tecnologia de detecção de raios melhorar," disse o professor Randall Cerveny, da OMM.
Regra 30-30
Os raios - o relâmpago é a expressão luminosa do raio - representam um grande risco que tira muitas vidas todos os anos.
As descobertas desses eventos descomunais reforçam as preocupações de segurança pública em relações aos raios disparados por nuvens eletrificadas, pelas quais as descargas elétricas podem percorrer distâncias extremamente grandes.
Para se proteger, a regra do dedão é conhecida como "regra 30-30": se o tempo entre o relâmpago e o trovão for inferior a 30 segundos, entre em casa, e então aguarde 30 minutos após o último relâmpago para retomar suas atividades ao ar livre.
Os novos recordes ressaltam o desenvolvimento do monitoramento de raios por satélites, que permite capturar eventos muito maiores do que as estações em terra.
Os instrumentos espaciais fornecerão uma cobertura quase global dos raios totais (raios intranuvens e raios nuvem-terra).