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Prêmio de R$ 37 milhões para resolver maior problema científico do mundo

Com informações da BBC - 21/05/2014


Um prêmio de R$ 37,2 milhões (10 milhões de libras esterlinas) será oferecido em um concurso lançado na Grã-Bretanha para resolver o "maior problema científico" do mundo.

O "problema", no entanto, ainda terá de ser definido pelo voto do público, o que será feito por meio de um programa de TV.

Eles poderão escolher entre seis temas apresentados e analisados por especialistas e nos quais o desafio terá de se encaixar.

Depois disso, será aberta uma votação pública e o desafio a ser solucionado será anunciado no dia 25 de junho.

Especialistas, então, serão convocados para refinar os detalhes do desafio e qualquer pessoa ao redor do mundo poderá apresentar a sua solução.

Prêmio do século 18

A competição é inspirada em um conhecido prêmio do século 18, o prêmio Longitude, concedido ao inglês John Harrison, em 1714. Ele criou relógios que possibilitaram que navios identificassem sua posição no mar.

Na época, o prêmio de 20 mil libras foi oferecido pelo governo britânico para resolver um dos maiores desafios do século 18: como determinar a longitude de uma embarcação em alto mar.

Até então, os marinheiros utilizavam dois relógios para conseguir se localizar: um deles era acertado todo dia de acordo com a posição do Sol no céu e o outro mantinha a mesma hora do porto de onde o navio havia zarpado.

O problema com o último é que o movimento das ondas, além das mudanças de umidade e temperatura do mar ameaçavam o bom funcionamento do delicado mecanismo.

Mas Harrison, um relojoeiro do condado de Yorkshire, criou um cronômetro que superou estas barreiras.

A invenção, que levou anos para ser reconhecida e foi motivo para muitas batalhas entre membros da elite científica, revolucionou a navegação e salvou inúmeras vidas.

Agora, 300 anos mais tarde, um novo desafio está sendo lançado. O prêmio milionário está sendo oferecido pela instituição de caridade Nesta em parceria com o Conselho de Estratégia e Tecnologia, financiado pelo governo britânico.

"Se você quer resolver um problema científico, um método é ir às melhores universidades e pedir a seus melhores cientistas para resolvê-lo," comenta Geoff Mulgan, diretor da Nesta. "Mas, ao longo dos anos, e isso foi algo iniciado pelo Prêmio Longitude do século 18, ficou provado que é melhor abrir para que qualquer pessoa do público apresente uma solução."

Mulgan ainda disse que o comitê organizador terá critérios "muitos precisos" para eleger o ganhador do prêmio.

"O prêmio só será concedido quando alguém puder demonstrar que sua invenção realmente atende a esses critérios," disse ele.

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