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Robótica

Instituto brasileiro vai desenvolver inteligência para veículos autônomos

Antonio Carlos Quinto - Agência USP - 16/02/2009

Instituto brasileiro vai desenvolver inteligência para veículos autônomos
Protótipos aéreo e terrestre serão construídos no INCT em Sistemas Embarcados Críticos, que tem sua sede na USP de São Carlos
[Imagem: USP]

Protótipos aéreo e terrestre

Os estudos e pesquisas para a construção de sistemas embarcados críticos, com ênfase para veículos autônomos móveis, estão entre os principais objetivos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC). O INCT-SEC funcionará nos laboratórios do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos.

O coordenador do INCT, professor José Carlos Maldonado, avisa que deverão ser construídos inicialmente dois protótipos, um aéreo e um terrestre. "O objetivo é transferir a tecnologia às empresas associadas, visando a possível fabricação e comercialização", antecipa.

Comando de veículos autônomos

Sistemas embarcados críticos são complexos programas computacionais que comandam veículos autônomos. "São conjuntos de softwares e hardwares que compõem os sistemas. Suas aplicações são inúmeras, desde a agricultura, aviação, meio ambiente, até setores da segurança e defesa nacionais", descreve Maldonado.

Sistemas embarcados críticos compõem veículos autônomos que podem ser usados em diversas áreas, como meio ambiente, agricultura e segurança

Ele lembra que um dos projetos que motivou os cientistas do ICMC a implantarem o INCT foi o ARARA (Aeronaves de Reconhecimento Assistidas por Rádio e Autônomas), testado e desenvolvido numa parceria entre o ICMC e a Embrapa. O objetivo do Projeto ARARA é substituir aviões convencionais - com piloto e tripulação - utilizados na obtenção de imagens aéreas, por modelos de escala reduzida, diminuindo o custo de monitoramento de áreas agrícolas e sob controle ecológico.

Transferência de tecnologia para a indústria

De acordo com o docente, até o final de 2010, o Instituto estará totalmente instalado em São Carlos, em colaboração com toda a rede de parceiros espalhados em diversas regiões do Brasil, prazo em que os protótipos deverão estar concluídos. A entidade reunirá grupos de pesquisadores de nove universidades brasileiras, além de sete representantes da iniciativa privada.

Serão várias as atividades e cooperações do Instituto. Maldonado esclarece que no Brasil já existem pesquisadores e estudos consolidados nesta área. "O que iremos fazer é agregar entidades e estudiosos e organizar o setor para impulsionarmos as pesquisas e projetos a serem desenvolvidos", garante.

Além da transferência de tecnologia à indústria, o INCT também incentivará a formação de recursos humanos para o setor. "Atuaremos em diversas frentes", afirma Maldonado, lembrando que "teremos projetos, inclusive, com a participação em âmbito internacional. Já temos contatos com alguns institutos alemães."

O Instituto coordenado por Maldonado já tem suas divisões administrativas organizadas. Além de um Comitê Gestor, há as divisões de Pesquisa e Desenvolvimento; Operacional; Administrativa. Nesta primeira reunião do grupo gestor serão priorizadas metas e estabelecidos prazos de projetos. "Na oportunidade, iniciaremos o planejamento do primeiro workshop do INCT-SEC, que deverá ser realizado em abril, aqui em São Carlos", adianta o professor.

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