INT/MCT - 14/12/2009
Impulsionado pela Lei de Inovação e pela atuação do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), do Rio de Janeiro, teve este ano um resultado inédito em sua história em número de pedidos de patentes.
Foram sete depósitos no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e mais seis depósitos internacionais. O INT ainda tem outros seis relatórios descritivos de patentes em fase de conclusão, prontos para serem depositados no início de 2010.
Estrutura para inovação
A responsável pela área de Inovação e Prospecção Tecnológica do INT, Telma de Oliveira, atribui esse volume de proteção de novas tecnologias à estrutura que se criou desde o âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para dar suporte à inovação.
Este ano, só o NIT utilizou R$ 160 mil em recursos descentralizados pelo MCT para viabilizar o depósito dessas patentes. O Núcleo, por sua vez, internamente, passou a dar o estímulo necessário à proteção das criações, licenciamentos, inovação e outras formas de transferência de tecnologia.
"Os próprios inventores - tecnologistas e pesquisadores do INT - passaram a buscar mais a proteção de suas criações, motivados inclusive pelos benefícios propiciados pela Lei da Inovação", pondera Telma.
Ela destaca ainda a reestruturação realizada pela Direção do INT no sentido de dar maior suporte às práticas de proteção intelectual e de transferência de tecnologia, que culminaram com a publicação da Política de Inovação do INT, em 5 junho último.
Biocombustíveis e células a combustível a hidrogênio
Entre os depósitos feitos este ano estão processos de preparação de mistura de biocombustíveis, purificação de correntes de hidrogênio geradas na reforma do etanol, obtenção de acetato de etila e produção de hidrogênio para células a combustível, além do registrador multipropósito modular para monitoramento (Caipora) e do método de acondicionamento de palmito de pupunha e de disposição construtiva introduzida em embalagem.
Já as ações referentes a pedidos de patentes internacionais incluem tanto depósitos em países como EUA, Japão e Argentina, como depósitos via Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes, conhecido pela sigla PCT (Patent Cooperation Treaty), que costuma ser a primeira instância antes de realizar o pedido nos países.
Patentes brasileiras no exterior
Os novos depósitos no exterior incluem processo de produção de nanopartículas contendo substâncias ativas e suas composições farmacêuticas, novos catalisadores para a produção de hidrogênio para células a combustível e o método de construção de modelos tridimensionais de fetos no útero utilizando prototipagem rápida a partir de imagens geradas por ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
Os depósitos internacionais incluem ainda o pedido de sistema catalítico e processo de síntese direta do éter dimetílico (DME) a partir de gás de síntese realizado pela Petrobras em três países, tendo o INT como cotitular.