Com informações da New Scientist - 27/03/2015
Comportamento cooperativo
Para o padrão das formigas, elas são gigantescas: do tamanho de uma mão humana.
Mas, para formigas biônicas, elas têm o tamanho certo para permitir a inserção de toda a tecnologia, nas dimensões atualmente disponíveis, necessária para fazê-las trabalhar como formigas de verdade.
Desenvolvidas pela empresa de engenharia alemã Festo, estas formigas artificiais imitam o comportamento cooperativo dos insetos reais, tomando decisões individuais envolvendo um objetivo comum.
O trabalho em equipe permite que as formigas biônicas executem tarefas complexas que não seriam capazes de realizar individualmente, como mover um objeto grande e pesado demais para uma só delas.
Piezoelétrico
Uma câmera estéreo na cabeça de cada formiga, fazendo as vezes de olhos, ajuda a determinar a sua localização e identificar objetos, que podem então ser agarrados com suas suas mandíbulas, pinças acionadas por materiais piezoelétricos.
Um sensor idêntico ao de um mouse óptico, instalado na barriga das formigas, auxilia no movimento e posicionamento. A comunicação entre os insetos, para que seja possível o comportamento coordenado, é feita por uma rede sem fios.
O corpo dos robôs é de plástico, feito em uma impressora 3D, com os circuitos eletrônicos sobrepostos. As patas também são movidas por atuadores piezoelétricos, que dão rapidez e precisão aos movimentos e usam pouca energia.
Quando as baterias recarregáveis dos insetos começam a se esgotar, elas se dirigem automaticamente para uma "cerca" em volta do tablado onde operam: cada antena se conecta a um dos fios da cerca, fazendo fluir a energia que recarrega as baterias.
Agentes inteligentes
O objetivo do projeto, segundo a empresa, é a criação de agentes inteligentes que possam trabalhar de forma eficiente nas fábricas do futuro, adaptando-se a diferentes necessidades de produção.
A empresa desenvolveu também um enxame de forma de borboletas. Embora borboletas não atuem em conjunto na natureza, o comportamento cooperativo das borboletas biônicas poderia ser usado para monitorar o ambiente.
A ideia não é trocar operários por formigas e borboletas biônicas. Mas os robôs representam uma ótima bancada de testes para os softwares que serão responsáveis por fazer com que as diversas máquinas da fábrica trabalhem de forma coordenada e cooperativa.