Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/09/2016
Fibra eletromecânica
Pesquisadores australianos criaram uma nova categoria de músculo artificial tecendo nanotubos de carbono com um filamento sintético chamado elastano.
O resultado é uma fibra eletricamente condutora e com uma incrível elasticidade, podendo ser esticada em mais de 600%.
Mas tudo fica realmente interessante quando uma tensão elétrica é aplicada ao fio já esticado: ele se aquece e se contrai em até 33%, gerando um trabalho mecânico de 0,64 quilojoule por quilograma (kJ/kg) e alcançando uma relação peso-potência de 1,28 quilowatt por quilograma (kW/kg).
Isto não torna o material o músculo artificial mais forte do mundo, mas o conjunto da obra é tão promissor que a equipe já está fazendo os primeiros experimentos com módulos que podem ser úteis em exoesqueletos.
Músculos artificiais biomédicos
Como a fibra é porosa, ela é adequada para ser incorporada em tecidos inteligentes para fazer roupas com funcionalidades não apenas eletrônicas, mas também mecânicas, o que será útil no campo esportivo, biomédico e como suporte à fisioterapia.
"Nós já demonstramos um protótipo de reforço do joelho utilizando a nossa tecnologia, e um dispositivo assim pode ser usado para ajudar a tratar lesões após um acidente monitorando e manipulando o movimento do joelho," contou Javad Foroughi, da Universidade Wollongong, que trabalhou em conjunto com a equipe do Dr. Ray Baughman, um dos pioneiros na fabricação de fibras de nanotubos.
Outro dispositivo que a equipe já está desenvolvendo irá "detectar inchaços e então responder apertando o braço para melhorar o fluxo linfático. Nós também estamos investigando a possibilidade de usar o tecido atuador em músculos cardíacos artificiais, para dar suporte positivo aos ventrículos," contou Foroughi.