Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/08/2011
Parada técnica
A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) poderá ficar vazia durante um período a partir do mês de Novembro.
É apenas uma possibilidade, mas mais real depois que a Rússia anunciou a revisão do calendário de lançamentos das naves Soyuz, as únicas naves tripuladas atualmente em operação com capacidade para levar e trazer astronautas da ISS.
O adiamento é uma consequência do acidente que vitimou uma nave não-tripulada Progress, no último dia 24. Os foguetes que lançam a Progress são muito semelhantes àqueles usados para lançar a Soyuz.
Os lançamentos serão interrompidos até que se apure as causas do acidente, que ocorreu depois de um mau funcionamento do terceiro estágio do foguete.
Naves salva-vidas
Há duas naves Soyuz acopladas à Estação Espacial, o que garante a descida dos atuais seis tripulantes que estão a bordo.
O calendário original previa a descida de três astronautas no próximo dia 8 de Setembro. No dia 22 de Setembro subiria uma nave com um novo grupo de três astronautas. Os outros três astronautas atualmente na Estação desceriam em 16 de Novembro.
O lançamento de 22 de Setembro já foi cancelado, só devendo ocorrer no final de Outubro ou no início de Novembro.
O problema é levar os novos tripulantes, já que a Roscosmos, a agência espacial russa, anunciou que o próximo lançamento será "adiado em várias semanas". Se o problema não for resolvido até 16 de Novembro, a Estação ficará vazia.
Naves com data de validade
Não é recomendável o adiamento do retorno da atual tripulação porque as naves Soyuz são projetadas para permanecerem 200 dias no espaço, e as duas naves salva-vidas estão no limite de sua vida útil.
Uma das naves Soyuz atualmente na Estação Espacial foi lançada no dia 4 de Abril, devendo perder a validade no final de Outubro. A outra foi lançada em 7 de Junho e vai "expirar" em Dezembro.
A Roscosmos fará o lançamento de um foguete Soyuz-U, do tipo que apresentou defeito, para testes. Mas a agência afirmou que poderá ser necessário um segundo lançamento, para que se chegue a uma conclusão definitiva sobre o acidente.