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Empresas-filhas da Unicamp faturam R$ 3 bi por ano

Com informações da Fapesp/Unicamp - 14/10/2015


Anticrise

As empresas-filhas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são responsáveis por gerar 19,2 mil empregos e movimentar um faturamento anual da ordem de R$ 3 bilhões.

De acordo com a Unicamp, mesmo em um momento considerado como de crise econômica houve um aumento de 16,18% nos postos de trabalhos gerados por essas empresas, na comparação de 2014 com 2015.

Também cresceu 20,6% a quantidade de empresas-filhas ativas no mercado, passando de 237, em 2014, para 286, em 2015.

Os números foram divulgados pelo diretor executivo da Inova Unicamp,

Filhas da universidade

Milton Mori, diretor da agência Inova Unicamp, as empresas-filhas da universidade são assim chamadas porque os sócios fundadores ou atuais mantêm ou mantiveram algum vínculo com a universidade, seja na condição de alunos, professores ou funcionários. Também são filhas da Unicamp as empresas que fazem ou fizeram parte do processo de incubação na Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).

"Essas empresas surgiram a partir da Unicamp, uma universidade com forte vocação para a inovação. As empresas-filhas, como nós chamamos, têm muitos escritórios fora do país e um potencial de se tornarem empresas de classe mundial, como, por exemplo, é o caso da Embraer," disse.

Mori ressaltou que mais de 37% das empresas têm atuação fora do país, com escritórios no exterior e atividades de exportação. No Estado de São Paulo estão localizadas 93,6% delas, sendo que a maioria está na região de Campinas.

"A maior parte dessas empresas é de base tecnológica, ou seja, elas estão permanentemente preocupadas com inovação e novos negócios. Por isso, estar próximo da Unicamp é um diferencial. Foi daqui que eles saíram e têm a consciência de que, para conseguir a mão de obra qualificada para suas empresas, é necessário se manter próximo à universidade", disse Mori.

Origem das inovações

O levantamento da Inova Unicamp apontou que 52,3% dos sócios das empresas-filhas são ou foram alunos da graduação da universidade, 18,66% da pós-graduação, 3,08% docentes e o restante com outros tipos de vínculo com a universidade.

Em relação às unidades, 24,4% dos empreendedores vieram do Instituto de Computação, 22,3% da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, 9,5% da Faculdade de Engenharia Mecânica, 7,6% do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica e 6,7% da Faculdade de Engenharia de Alimentos.

A participação de mulheres nas sociedades também foi apurada pela pesquisa. Hoje, 54 empresas-filhas têm mulheres entre os sócios, o que significa apenas 18,9% do total de empresas ativas. As principais áreas dessas empresas são: educação, biotecnologia, agricultura e química.

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