Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/07/2018
Rigidez variável
Engenheiros da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, criaram um "pau de selfie" retrátil para ser usado como um braço robótico por drones.
O braço tem uma estrutura dobrável inspirada na técnica do origami, mas surpreende pela rigidez que alcança quando estendido, o que foi possível graças ao que os pesquisadores chamam de "rigidez variável".
Esse mecanismo de rigidez variável é baseado em um princípio do origami de dobramento perpendicular: Duas linhas de dobra perpendiculares restringem o movimento uma da outra.
Usando este princípio, uma estrutura hexagonal (40 x 40 x 100 milímetros) que pesa menos de 30 gramas suporta mais de 12 kg de carga compressiva.
Um único fio é suficiente para estender e recolher o dispositivo - o fio fica em um carretel acionado por um pequeno motor elétrico.
Leve e flexível, mas forte
Para demonstrar a funcionalidade do braço robótico, ele foi montado sob um drone, que decola, estende o braço, captura uma câmera no chão e então a utiliza para fazer um filme - catar lixo foi outra possibilidade testada pela equipe.
Segundo Suk-Jun Kim e seus colegas, o mecanismo de rigidez variável pode ser aplicado a outros tipos de robôs e estruturas em ambientes extremos, como regiões polares, desertos, embaixo d'água e mesmo no espaço.
"Os robôs macios têm grandes vantagens em seu movimento flexível, mas eles têm uma limitação por não suportar cargas pesadas sem deformação. Este braço robótico usa a tecnologia de rigidez variável que traz as vantagens tanto dos robôs rígidos quanto dos macios. Com esta propriedade, o braço robótico pode ser dobrado quando não está em uso e pode ser rígido quando necessário. Além disso, o braço é feito de compósito de tecido [de nylon] resistente e um filme forte de PET especialmente tratado para [permitir] usos práticos," acrescentou o professor Kyu-Jin Cho.