Com informações da Unesp - 10/04/2014
Pesquisadores da UNESP em Ilha Solteira (SP) desenvolveram um cubo mágico eletrônico que possui funções que transformam o brinquedo tradicional em uma ferramenta educativa mais interativa e mais dinâmica.
Considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, o cubo mágico, também conhecido como cubo de Rubik, foi criado na Hungria em 1974.
Depois se descobriu que, além de brinquedo, o cubo pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico, criatividade e também da coordenação motora.
O problema é que não é fácil aprender a resolver seus enigmas coloridos, e a maioria das versões de custo mais acessível têm qualidade muito baixa, o que leva um grande percentual de usuários a desistir de aprender a resolver o quebra-cabeças.
Pedro Mamede e Alexandre César Rodrigues resolveram então criar um cubo mágico que fosse mais amigável, dando-lhe funções como autoembaralhamento e automontagem.
Cubo mágico eletrônico
As cores das peças do cubo mágico eletrônico não são dadas por adesivos ou tintas, e sim pela luz emitida por LEDs (diodos emissores de luz) - cada face é dotada de um visor translúcido sob o qual é posicionado um LED multicor.
Existem alguns modelos de cubos mágicos eletrônicos no mercado, porém eles não possuem capacidade de se movimentar mecanicamente, simulando as rotações por meio de botões ou sistema de telas sensíveis ao toque.
"O grande diferencial do cubo desenvolvido por nós é o mecanismo de movimentação dos cubos comuns, o que a meu ver é uma das características mais interessantes, se não a mais interessante deste brinquedo, por isso não pode ser perdida," disse Mamede.
O cubo mágico eletrônico pode também gerar efeitos sonoros e visuais ou gravar a solução descoberta pelo usuário em um banco de dados.
Esses dados podem incluir o número de movimentos executados para a montagem, número de vezes que o cubo mágico foi montado, tempo de montagem, etc. Todos os dados podem ser acessados e visualizados em uma pequena tela.
Os pesquisadores já construíram vários protótipos artesanais, com bons resultados. Agora em 2014 deverá ficar pronto um novo protótipo mais preciso, já com vistas à colocação do cubo mágico eletrônico no mercado.
"Um sonho meu é poder trabalhar junto com uma empresa no processo de fabricação do invento", finaliza Mamede.