Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/02/2016
Esticando o estilingue
Aí está o ReFlex, o primeiro smartphone realmente flexível, que permite que os usuários literalmente dobrem seus aplicativos.
"Quando um usuário joga Angry Birds no ReFlex, ele dobra a tela para esticar o estilingue. À medida que a borracha estica, o usuário experimenta vibrações que simulam as de um elástico de verdade esticando. Quando é liberada, a borracha estala, dando uma sacudidela no telefone e mandando o pássaro voando pela tela," explica o professor Roel Vertegaal, da Universidade de Queens, no Canadá.
Apesar de ser um protótipo, além de flexível o aparelho já conta com uma tela comercial de alta resolução e sensível ao toque, comunicação sem fios completa e todos os sensores para aproveitar suas flexibilidades e curvaturas.
Novas interações
A possibilidade de dobrar o aparelho adiciona uma gama totalmente nova de interações.
Ao ler um texto, por exemplo, as páginas podem ser viradas no modo tradicional, com a passagem dos dedos sobre a tela, ou simplesmente dobrando o celular levemente, como se faz com um livro ou revista.
"Os usuários podem sentir a sensação da página se movendo através de seus dedos por meio de uma vibração do telefone. Isso permite a navegação sem mexer os olhos, tornando mais fácil para os usuários manter o controle de onde eles estão em um documento," disse o professor Vertegaal.
Vibrações e fricções
O celular flexível é baseado em uma tela de OLEDs flexíveis de 720p, fabricada pela LG. O hardware principal fica ao lado, podendo ser vistos nas fotos, no pequeno bolso à direita. O aparelho roda Android 4.4.
Sensores de dobra atrás da tela detectam a força com que o usuário flexiona o aparelho e disponibilizam as informações para que os aplicativos possam usá-las.
O feedback também avança muito em relação às simples tremidas, gerando vibrações capazes de simular força e fricção.
Isto, segundo a equipe, permite uma simulação altamente realista de forças físicas quando se interage com objetos virtuais.
Apesar dos progressos, o professor Vertegaal afirma que os smartphones flexíveis e dobráveis levarão pelo menos cinco anos para chegar às mãos dos consumidores.