Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/05/2010
Cápsula de salvamento
A NASA fez nesta quinta-feira o primeiro teste real de voo da cápsula Orion, projetada para salvar a tripulação no caso de algum acidente com os foguetes durante o lançamento.
O voo inaugural da Orion durou cerca de 135 segundos, do lançamento até a aterrissagem do módulo de salvamento da tripulação, que desceu de pára-quedas a cerca de um quilômetro e meio da plataforma de lançamento.
Abortagem de lançamento
O voo foi o primeiro ensaio totalmente integrado do projeto do sistema de abortagem de lançamentos.
Segundo a NASA, as informações obtidas com o teste ajudarão a refinar a análise e o projeto dos futuros sistemas de segurança no lançamento, levando a formas mais seguras e confiáveis de salvar a tripulação durante emergências no lançamento de foguetes.
Motores-foguete
O teste envolveu três motores-foguete.
O motor de arranque produziu um empuxo momentâneo de 230.000 kgf para retirar o módulo da tripulação para longe do que seria o topo do foguete de lançamento. Ele queimou por cerca de seis segundos, com o maior impulso nos primeiros 2,5 segundos.
O módulo da tripulação atingiu uma velocidade de aproximadamente 700 km/h nos primeiros três segundos, com uma velocidade máxima de 867 km/h, em sua trajetória ascendente de cerca de 1,2 quilômetro de altura.
O motor de controle de atitude foi acionado simultaneamente com o motor de abortagem e dirigiu o veículo utilizando oito propulsores. Foi este motor que ajustou a rota do módulo da tripulação para que ele saísse da área de risco.
O motor de fuga, o único dos três que será utilizado em todos os lançamentos normais, foi o responsável por arrancar o sistema de abortamento, distanciando-o do módulo da tripulação, abrindo o caminho para a abertura dos pára-quedas.
Futuro incerto
Os pára-quedas levaram o módulo da tripulação de volta para o solo, em segurança, caindo a uma velocidade de 26 km/h a cerca de 1,5 km da plataforma de lançamento.
O módulo Orion é parte do projeto Constelação, que deveria levar astronautas de volta à Lua por volta de 2020.
Mas o projeto Constelação foi cancelado recentemente pelo presidente Barack Obama. Com isto, é incerto o uso futuro do módulo de segurança testado hoje.