Com informações da MIT Technology Review - 13/10/2015
Lentes dobradas
A câmera L16 é uma daquelas soluções que, para alguns, consegue "obter mais do mesmo", enquanto, para os mais entusiasmados, "tira leite de pedra".
O objetivo da sua criadora, a startup Light, é substituir as câmeras profissionais e suas lentes enormes por um aparelho muito mais leve e menor.
Ao contrário das câmeras DSLR, que utilizam apenas uma lente e um sensor de imagem, a L16 é uma câmera múltipla com 16 CCDs de 13 megapixels cada um e três comprimentos focais diferentes: 5-35 milímetros (mm), 5-70 mm e 6-150 mm.
Os sensores individuais tiram fotos simultaneamente, de perspectivas ligeiramente diferentes, usando uma técnica conhecida como "lentes dobradas", inspiradas na técnica de origami.
Cada módulo de câmera é colocado de lado. A luz entra através de uma abertura, atinge um espelho e, em seguida, viaja através do cano da lente até o CCD. Como os módulos têm diferentes distâncias focais, vários deles disparam ao mesmo tempo - a quantidade depende do zoom utilizado e de como os espelhos no interior dos módulos se movem para pegar a luz.
O programa da câmera então combina automaticamente as diversas imagens individuais, criando uma imagem de 52 megapixels com uma qualidade comparável à obtida com uma câmera DSLR e uma lente profissional.
Tecnologia nos celulares
Só o preço da L16 não é pequeno e nem leve: US$1.699,00 nos EUA.
Mas a tecnologia poderá ter filhotes mais baratos em um futuro próximo.
A fabricante de produtos eletrônicos Foxconn tornou-se sócia da empresa emergente, e está planejando usar a tecnologia de múltiplos sensores e foto única em telefones celulares.
A expectativa é que os primeiros celulares com a tecnologia - e fotos de 52 megapixels - cheguem ao mercado no final de 2016.