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Robótica

Braços robóticos mais precisos do mundo vão manipular a luz

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/10/2012

Braços robóticos mais precisos do mundo vão manipular a luz
Cada um dos 24 braços robóticos possui espelhos banhados a ouro nas suas extremidades para captar a luz de galáxias distantes.
[Imagem: STFC]

Robô astronômico

Embora não se pareçam em nada com seus parentes instalados nas fábricas, esses podem ser os braços robóticos mais precisos já construídos.

E eles também não foram projetados para interagir com a matéria, mas com a luz.

O conjunto de 24 braços robóticos compõe o instrumento chamado KMOS - K-Band Multi Object Spectrometer, ou espectrômetro de multi-objetos na banda K.

O KMOS será montado no Observatório Paranal do ESO (Observatório Europeu do Sul), no norte do Chile.

Quando estiver instalado e funcionando, no final deste ano, o aparelho vai ajudar a elucidar, com detalhes sem precedentes, algumas das questões-chave que cercam a formação e a evolução das galáxias.

Manipuladores de luz

Cada um dos 24 braços robóticos possui espelhos banhados a ouro nas suas pontas.

Eles serão movidos com altíssima precisão para captar a luz muito tênue vinda de galáxias distantes.

A precisão exigida é tão grande que o conjunto de braços robóticos vai funcionar em um ambiente criogênico, para que nenhum calor possa afetar sua estrutura metálica.

Braços robóticos mais precisos do mundo vão manipular a luz
O espectrógrafo KMOS inteiro é constituído por 24 braços robóticos, que funcionarão em ambiente criogênico.
[Imagem: STFC]

O KMOS será acoplado a um dos quatro telescópios que compõem o VLT, do ESO.

Quando o telescópio estiver focado em uma área do céu, o próprio robô se encarregará de mover-se ligeiramente, para captar cada fração da luz de uma galáxia.

Robô-astrônomo

Como todo robô, além da precisão, o KMOS trará ganhos de velocidade, permitindo que os astrônomos observem as galáxias de um modo muito mais rápido.

O instrumento é capaz não apenas de mapear diversas galáxias simultaneamente, seja em um aglomerado ou isoladamente, mas também mapear diversas propriedades de diferentes partes de cada galáxia.

Hoje, cada galáxia precisa ser identificada individualmente, um processo que pode levar anos - o KMOS será capaz de coletar a mesma quantidade de informação em apenas dois meses.

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