Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/08/2014
Tatuagem de potência
Foi-se o tempo em que fazer ginástica significava apenas consumo de energia.
Está pronta uma biobateria, que produz energia aproveitando o suor de uma pessoa conforme ela se exercita.
O circuito consiste em uma espécie de tatuagem temporária que inclui um sensor para monitorar a saúde da pessoa enquanto ela se exercita.
A tatuagem, fina e flexível, detecta e responde ao lactato, um composto naturalmente presente no suor.
"O lactato é um indicador muito importante de como você está se saindo durante os exercícios," disse Wenzhao Jia, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.
Existem exames para detectar o lactato, mas eles dependem da coleta de amostras de sangue e análise em laboratório.
Jia desenvolveu uma técnica mais rápida e menos intrusiva usando um sensor que contém uma enzima que arranca elétrons do lactato presente no suor, gerando uma pequena corrente elétrica.
Monitorando essa corrente elétrica com um circuito muito simples, a tatuagem eletrônica monitora o rendimento do atleta em tempo real.
Biobateria
Construir uma biobateria a partir daí foi um passo. O composto que contém a enzima que captura os elétrons do lactato funciona como anodo, enquanto o catodo foi adicionado na forma de uma molécula que aceita elétrons.
De forma um tanto curiosa, os voluntários que normalmente se exercitavam menos produziram mais energia do que aqueles que frequentavam academias.
Os pesquisadores acreditam que isto provavelmente ocorre porque as pessoas menos treinadas cansam-se mais cedo, fazendo com que glicólise suba mais rapidamente, formando mais lactato.
A tatuagem-bateria gerou um máximo de 70 microWatts por centímetro quadrado de pele, suficiente para alimentar aparelhos bem econômicos em termos de consumo de energia, como relógios de pulso.