Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/12/2020
Bateria flexível
Nos últimos anos, as baterias de zinco têm despontado como rivais sérias das baterias de lítio.
Agora, pesquisadores apresentaram um novo protótipo, composto por óxidos de prata e zinco, com uma densidade de energia por área de 5 a 10 vezes maior do que todas as suas antecessoras.
Como é flexível e recarregável, a bateria está sendo projetada para ser usada em eletrônicos flexíveis e de vestir, incluindo aplicações médicas, bem como em robótica mole.
"Nossas baterias podem ser projetadas em torno da eletrônica, em vez de a eletrônica precisar ser projetada em torno das baterias," disse o professor Lu Yin, da Universidade da Califórnia em San Diego.
A capacidade por área da bateria é de 50 miliamperes por centímetro quadrado em temperatura ambiente. Isso é de 10 a 20 vezes mais do que a mesma capacidade de uma bateria de íons de lítio, podendo se traduzir em 5 a 10 vezes mais energia para duas baterias com a mesma área de superfície.
"Esse tipo de capacidade de área nunca foi obtido antes. E nosso método de fabricação é acessível e escalonável," disse Yin.
Poucos ciclos
A bateria tem maior capacidade do que qualquer uma das baterias flexíveis atualmente disponíveis no mercado por conta de sua impedância muito menor - a impedância é a resistência de um circuito ou dispositivo à passagem da corrente.
"À medida que o mercado de 5G e internet das coisas (IoT) cresce rapidamente, esta bateria que supera os produtos comerciais em dispositivos sem fio de alta corrente pode se tornar uma das principais candidatas como fonte de energia de próxima geração para eletrônicos de consumo," disse o pesquisador Jonathan Scharf.
Para isso, contudo, ainda resta um grande trabalho de desenvolvimento a ser feito: os protótipos da bateria construídos pela equipe resistiram a apenas 80 ciclos de carga e recarga - dificilmente uma bateria chega ao mercado com uma vida útil abaixo dos 1.000 ciclos.