Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/06/2012
Balão espacial
Esqueça os foguetes, com seu barulho, fumaça e uma aceleração que os torna proibitivos para muitos candidatos a turista espacial.
Você logo poderá ir às bordas do espaço suavemente, sem o mínimo tranco ou solavanco, a bordo de um balão espacial.
Balões são usados há décadas para pesquisas nas camadas mais altas da atmosfera terrestre.
Mais recentemente, eles se tornaram uma alternativa para aficionados e estudantes fazerem suas próprias imagens do espaço.
O espanhol José Mariano López-Urdiales, contudo, acredita que dá para mandar para o espaço bem mais do que galinhas de plástico.
Ele fundou uma empresa, a Zero2Infinity, para encontrar investidores e levantar fundos para colocar sua ideia em prática.
Subir e descer
Os testes já começaram no final de Maio, quando foi lançado um protótipo em escala reduzida do balão espacial - ainda não tripulado.
Enquanto os balões meteorológicos sobem facilmente, eles explodem quando superam a altitude onde a pressão interna do seu gás supera muito a pressão externa da atmosfera rarefeita, fazendo seu tecido rasgar-se.
Mas, para que a ideia de López-Urdiales decole de vez, ele precisa controlar a altitude e trazer seus turistas espaciais com segurança de volta ao solo.
Eles retornarão, mas a cápsula soltará o balão e descerá de para-quedas.
Uma ideia que, a rigor, não é nova, já que vários balonistas já se aventuraram até a fronteira do espaço exterior.
A diferença é que López-Urdiales quer fazer isto de forma sistemática, levando pessoas em um verdadeiro mirante voador como se faz com os passeios de balão nos fins de semana.
Vista espacial
Deve valer a pena.
É famosa a história do piloto norte-americano Joe Kittinger, que alcançou 29 km de altitude em uma cápsula içada por um balão, em 1957.
Quando seu comandante ordenou que ele controlasse o balão para iniciar a descida, ele respondeu: "Venham me buscar."
O projeto inicial da Zero2Infinity é construir uma cápsula capaz de levar dois pilotos e dois passageiros a uma altitude de 34 km.
Isso é baixo demais para experimentar a microgravidade - considera-se que o "espaço" comece aos 100 km de altitude - mas alto o suficiente para ter uma "vista quase espacial" da Terra.
A rigor, os passageiros experimentarão um gostinho de "ausência de gravidade" quando o balão se soltar e começar a cair, e um tranco quando o paraquedas se abrir.