Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/06/2007
Cientistas da Universidade de Cornell, Estados Unidos, afirmaram ter conseguido o primeiro sucesso em sua pesquisa para implantar dispositivos eletrônicos em insetos.
A mariposa Manduca Sexta sobreviveu depois que um chip foi implantado quando ela ainda era uma lagarta.
Micro-veículos autônomos
Vários grupos de cientistas trabalham no desenvolvimento de micro-veículos autônomos, principalmente para a coleta de informações por meio de micro- sensores. Mas essas pesquisas esbarram em uma grande variedade de dificuldades, como a quantidade de combustível, os minúsculos motores e a aerodinâmica.
Já os insetos têm todos esses problemas resolvidos pela natureza.
Simplesmente colar os equipamentos eletrônicos sobre o corpo dos insetos também não é um solução adequada, porque assim não haveria nenhum controle sobre o vôo e os cientistas somente por acaso conseguiriam coletar dados dos locais desejados e pelo tempo necessário.
Insetos ciborgues
A solução encontrada foi criar insetos ciborgues, implantando os dispositivos eletrônicos no corpo dos insetos.
Para evitar a rejeição pelo organismo dos animais, os cientistas resolveram implantar os equipamentos ainda na fase de larva.
Desta forma o inseto se desenvolve já com os implantes eletrônicos em seu corpo, que passam a fazer parte de seu organismo e não mais sofrem rejeição.
Quando nasce, o inseto já é um cirborgue completamente funcional.
A teoria pode parecer simples, mas há ainda um longo caminho até que os insetos adultos possam ser totalmente controlados.
A mariposa agora apresentada foi o primeiro exemplar de um inseto ciborgue que sobreviveu à metamorfose, chegando à idade adulta com todos os implantes eletrônicos funcionando e apresentando plenas condições de voar.
O implante eletrônico é um chip microfluídico, que consegue interagir com as funções vitais do animal ciborgue.