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Robótica

Construa seu próprio robô humanóide

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/06/2002


O cientista japonês Fuminori Yamasaki pretende ser para a robótica o que Linus Torvalds é para a informática. Tal como o criador do sistema operacional Linux, que distribui gratuitamente o software e seus fontes, Yamasaki colocou seu robô Pino à disposição de quem quiser construí-lo. Tudo é gratuito, incluindo o projeto, lista de componentes, circuitos e código-fonte dos programas. Apenas o desenho externo do Pino é de propriedade reservada.

O nome Pino foi inspirado no boneco Pinóquio. Segundo seu criador, em relação aos outros robôs, humanóides ou não, capazes de andar sobre duas pernas, Pino é tão simples quanto o boneco de madeira que o inspirou. Talvez seja. Mas o programa que o controla, baseado em algoritmos genéticos é extremamente avançado e torna o robô de 70 centímetros de altura capaz de aprender sozinho a executar tarefas, como andar, por exemplo. Claro que isso não deve ser um fator de desencorajamento para aqueles que pretendam construir seu próprio Pino; afinal, o código-fonte está disponível, no mesmo sistema de licença gratuita do Linux.

O desenvolvimento do Pino começou em 1.999, quando o único robô humanóide disponível era o Honda Asimo. Segundo Yamasaki, o Asimo "dava a impressão às pessoas que robôs humanóides eram complexos, máquinas de alta precisão que custavam caro. Isso não é necessariamente verdade". Para provar sua teoria, o pesquisador do Japan Science and Technology Corp. (JST), um laboratório ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Japão, passou a utilizar motores baratos, de baixo torque. Mas estes motores não possuem força suficiente para movimentar um robô na maneira tradicional, que copia a forma de andar do ser humano. Foi por isto que Yamasaki passou a usar o algoritmo genético. Como resultado, motores de 25 kg/cm, que não conseguiram mover Pino com eficiência, puderam ser trocados por outros de apenas 7 kg/cm. O algoritmo permite que o robô "aprenda" a andar, gravando os movimentos adequados, o tamanho dos passos, a altura que a perna deve ser erguida etc. Quando os testes reais começaram, Pino apenas balançava. Mas, ao final de uma noite, ele já havia aprendido ou, dito de outra forma, já havia acumulado um conjunto de parâmetros que o permitia andar.

O site do Pino está em fase final de desenvolvimento e a seção em inglês (o original é em japonês) está quase completa.

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