Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/05/2007
Seja nos exoplanetas - planetas fora do Sistema Solar - ou mesmo em Marte, onde os valentes robôs Spirit e Opportunity continuam a trabalhar incansavelmente, a grande meta dos cientistas que lidam com a exploração espacial é encontrar água - porque água significa vida. Ou, pelo menos, possibilidade de vida.
Europa
Mas pergunte a esses cientistas: se eles pudessem, qual corpo celeste começariam a explorar amanhã mesmo? E nove entre 10 deles responderão: Europa. .
Esse incrível satélite de Júpiter tem uma superfície de gelo e, por debaixo dessa camada de gelo, gigantescos oceanos de água líquida podem conter formas primárias de vida.
Europa é gelado. Somente robôs poderão explorar as profundezas de seus oceanos escondidos. É por isso que a NASA está investindo no DepthX, um robô autônomo de exploração subaquático. .
Ele é ainda grande demais para uma missão espacial, mas é o primeiro passo na construção de um robô-submarino que possa ser enviado para Europa e para outros planetas.
Robô-submarino
Nesta semana, o DepthX mergulhou no poço mais profundo do mundo, El Zacatón, no México. .
Dotado de sensores de movimento, profundidade, temperatura e salinidade, o DepthX traçou um perfil completo da gigantesca fossa, mergulhando sozinho a 270 metros de profundidade. Um braço foi estendido para coletar amostras de diversos pontos durante o mergulho.
Utilizando seus sonares, o robô subaquático fez um mapa completo do El Zacatón, descobrindo que seu fundo é curvo, atingindo 300 metros na parte mais baixa..
O mergulhador Sheck Exley morreu no El Zacatón em 1994, quando tentava achar o fundo. Os dados do DepthX agora mostram que Exley perdeu a vida a menos de 20 metros de seu objetivo.
O gigantesco buraco pode estar conectado a cavernas e a outros buracos inundados. Os mergulhos do robô vão continuar nesta semana, em busca dessas passagens.
Lago Vostok
A próxima missão do DepthX deverá ser a exploração do lago Vostok, situado abaixo da camada de gelo da Antártica. Um objetivo bem mais parecido com o que seus sucessores poderão um dia encontrar em Europa.
O DepthX foi construído por cientistas da Universidade Carnegie Mellon e da empresa Stone Aerospace.