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Robótica

Bio-robô é movimentado por células do coração

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/09/2007

Bio-robô é movimentado por células do coração

Cientistas coreanos construíram um micro-robô que se movimenta graças à ação de células vivas dos músculos do coração de um rato. Eles cultivaram as células artificialmente, fazendo-as crescer sobre estruturas construídas com um polímero biocompatível, o que poderá abrir a possibilidade de que o micro-robô venha a ser utilizado em aplicações biomédicas.

Bio-robô

A vantagem desse bio-robô é óbvia: ele não precisa de baterias para se movimentar e nem mesmo de uma fonte externa de energia. Seu "combustível" é a glucose naturalmente encontrada no organismo. Absorvendo a glucose que os cientistas colocaram no meio de cultura, as células começaram a se contrair e se expandir, fazendo com que o robô se movimentasse.

A pequena estrutura foi construída de polidimetilsiloxano, uma espécie de plástico que é compatível com os tecidos vivos. Por enquanto o bio-robô consiste apenas no mecanismo de movimento, mas ele poderá vir a ser utilizado no interior do corpo humano para limpar veias ou artérias entupidas, liberando um agente dissolvente que desagrega o material acumulado que impede a passagem normal da corrente sangüínea.

Robô de seis pernas

O micro-robô tem seis pernas curtas na frente - medindo 400 micrômetros de comprimento - e três pernas maiores na traseira - com 1200 micrômetros de comprimento - todas ligadas a um corpo central retangular.

Quando as células cardíacas se contraem, as pernas traseiras maiores dobram-se para dentro. Isto cria uma diferença de atrito entre as pernas dianteiras e traseiras, o que empurra o robô para a frente. Ele consegue se movimentar a uma velocidade de 100 micrômetros por segundo.

Bibliografia:

Artigo: Establishment of a fabrication method for a long-term actuated hybrid cell robot
Autores: Jinseok Kim, Jungyul Park, Sungwook Yang, Jeongeun Baek, Byungkyu Kim, Sang Ho Lee, Eui-Sung Yoon, Kukjin Chun, Sukho Park
Revista: Lab on a Chip
Data: August 2007
DOI: 10.1039/b705367c
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