Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/03/2007
O robôs japoneses têm figurado entre as principais estrelas da alta tecnologia há vários anos. E não é para menos. É do Japão que têm vindo não apenas as mais recentes novidades nesta área, mas também aquelas que mais impressionam pelo nível técnico alcançado.
Agora é a vez do CapCel, um micro-robô que poderá ser inserido no interior do corpo humano e guiado remotamente para fazer tratamentos médicos, cirurgias ou simplesmente para fotografar áreas suspeitas ou lesionadas.
O minibot mede 2 centímetros de comprimento por 1 centímetro de diâmetro e é encapsulado em um revestimento plástico biocompatível e facilmente esterilizável. Seu peso é de apenas 4,6 gramas, graças ao desenvolvimento de um circuito integrado que contém toda a sua parte eletrônica em um único chip.
Em vez de controles remotos, que poderiam aumentar muito o seu tamanho, o CapCel move-se livremente no interior do corpo humano por meio de campos magnéticos aplicados externamente. Com essa solução, além de dar ao mini-robô a capacidade para fazer movimentos precisos, os cientistas aumentaram ao máximo a capacidade de equipamentos úteis que ele pode carregar.
Robô faz cirurgia
Embora a nanotecnologia aponte para a possibilidade, ainda que num futuro distante, de se construir robôs microscópicos para inserção no corpo humano, o mais avançado robô médico que se aproxima desse conceito apresentado até agora deve ser engolido pelo paciente. Logo, sua atuação limita-se à região do trato gastrointestinal e unicamente para a captura de imagens.
"Este novo robô tem a capacidade para efetuar tratamentos no interior do corpo humano, eliminando a necessidade de cirurgia em alguns casos," diz o pesquisador Masaaki Makikawa.
Múltiplas funções
O Dr. Masaaki Makikawa, da Universidade Ritsumeikan, construiu nada menos do que cinco protótipos, cada um com uma funcionalidade diferente. Um possui uma câmera, outro um farol para iluminação e os outros são equipados com diferentes tipos de garras.
A equipe do Dr. Makikawa já testou o CapCel em animais inclusive atuando em conjunto: um robô fazia a iluminação do local, outro filmava, enquanto um terceiro fazia a coleta do tecido. Imagens de ressonância magnética tiradas antes da cirurgia robótica guiam a navegação do mini-robô.
Todas as informações captadas pelos robôs são passadas para um computador por meio de um cabo de 2 milímetros de diâmetro. Além de meio da comunicação, o cabo serve também como garantia de segurança, na eventualidade de algum problema técnico que impeça que o robô volte sozinho ao local da incisão por onde ele foi inserido.