Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/11/2006
Detectando modificações
Cientistas da universidade do estado de Vermont, Estados Unidos, desenvolveram um robô capaz de detectar alterações no seu formato e utilizar sua própria inteligência para se adaptar a essas mudanças.
Quando um animal machuca uma pata, ele não pára de andar, ele simplesmente começa a mancar. O ato de mancar, nesse caso, representa uma adaptação que o animal fez para que pudesse continuar se movimentando, mesmo não podendo contar com uma de suas patas.
Um robô que tivesse problemas em uma perna, ao contrário, simplesmente pararia e não conseguiria mais se mover. Essa é justamente a inovação do robô criado pela equipe do Dr. Joshua Bongard - ele pode se "machucar", mas não irá parar de tentar andar.
Modelos de movimento
Inicialmente o programa do robô não conhece todas as suas possibilidades de movimentação, já que ele não contém uma descrição precisa do seu próprio formato.
Ao ser ligado, ele começa fazendo uma série de pequenos movimentos simples para elaborar modelos que possam descrever seu próprio modelo e formato. Os movimentos resultam em vários modelos possíveis.
O robô então faz outra série de movimentos para refinar seus modelos e fazer uma avaliação melhor do funcionamento comparado entre todos eles.
O processo se repete até que ele consiga definir a forma mais eficiente para sua locomoção.
Robô adaptativo
Se o robô sofrer algum acidente - quebrar uma perna, por exemplo, - seu programa perceberá que o modelo de movimento adotado previamente já não funciona mais.
Então ele repetirá seu método de aprendizado sobre o seu novo formato, construirá um novo modelo de seu desenho e voltará a andar com os recursos que lhe restarem.
A nova tecnologia de aprendizado adaptativo poderá ter inúmeras aplicações. Por exemplo, em robôs exploradores na Lua ou em outros planetas, ou em ambientes de desastres naturais, onde o próprio robô estará sujeito a todos os riscos de operar sob condições imprevisíveis.