Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/09/2006
Claudia Mitchell é o nome da primeira mulher no mundo a receber o implante de um braço biônico. É o terceiro implante do braço robótico, que é neurocontrolado, podendo ser movido apenas com a força do pensamento do paciente. A cirurgia foi feita no Instituto de Reabilitação de Chicago, Estados Unidos.
Embora seja acionado com os pensamentos, a prótese robótica não exige a implantação de nenhum sensor diretamente no cérebro. Ao invés disso, o acionamento do braço biônico utiliza os próprios nervos do paciente.
Para isso, os nervos que iam para o braço que foi amputado são redirecionados e conectados em músculos sadios no tóxax do paciente. Esse processo cirúrgico é chamado de reinervação muscular dirigida. Quando o paciente pensa em mexer o braço que foi amputado, os sinais que saem do seu cérebro chegam até os músculos do tórax, onde estão os nervos redirecionados. Neste ponto, sensores superficiais captam os sinais cerebrais e os transmitem ao braço biônico, que faz o movimento.
O sentido inverso também é válido. Quando a paciente toca um objeto com a mão, os sinais são enviados para eletrodos nos mesmos músculos. Isto faz com que ela "sinta" o que a mão robótica está tocando. Significativos avanços na área de sensores permitiram que essa versão do braço biônico que acaba de ser implantada possibilite à paciente até mesmo saber se o objeto que ela tocando está quente ou frio.
O braço biônico, desenvolvido pela equipe do Dr. Todd Kuiken, em colaboração com pesquisadores de diversas partes do mundo, tem seis motores, o que dá ao paciente capacidade para movimentar simultaneamente as diversas partes do braço, tornando o movimento mais suave e mais natural.