BabyBot dá seus primeiros passos rumos à consciência

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/05/2006

Depois do Infanóide, agora é a vez do BabyBot, um robô projetado a partir do tórax de uma criança de dois anos de idade. O objetivo é estudar o desenvolvimento da percepção humana, levando à construção de máquinas que poderão um dia perceber e reagir com o seu ambiente.

O BabyBot foi criado pelo projeto ADAPT ("Artificial Development Approach to Presence Technologies"), um esforço conjunto de várias universidades européias. O projeto está sediado na Universidade de Gênova, Itália.

Os cientistas estão utilizando o BabyBot para testar um modelo da sensação humana da presença, uma combinação dos sentidos da visão, audição e toque. "Nossa sensação de presença é essencialmente nossa consciência," arrisca o engenheiro Giorgio Metta.

"Nós adotamos um enfoque de engenharia para o problema, de fato a consciência como vista pelos engenheiros," diz o pesquisador, circunscrevendo um pouco mais sua arriscada teoria. "O que significa que nós primeiro desenvolvemos um modelo e então procuramos testar esse modelo, nesse caso desenvolvendo um robô que se conforme a ele."

A idéia é a de dar ao robô apenas sentidos muito básicos, como os que uma criança de dois anos possui, sem uma capacidade aprimorada de avaliação abstrata da situação.

Mas o desafio é maior do que parece. Por enquanto, o robô consegue visualizar e capturar um objeto. O que já é suficiente para dizer que o projeto está sendo um sucesso.

Afinal, o que nos parece natural, como visualizar uma cena e distinguir os diferentes elementos que a compõem é uma tarefa gigantesca de programação quando se trata de simulá-la em um robô.

Mas o BabyBot ainda tem muito o que crescer e aprender, até atingir a sua sonhada "consciência de engenheiro".