Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/02/2006
Primeiro foi um robô que se alimenta de moscas. Agora os cientistas não se contentaram em "bio-alimentar" seu robô; eles foram além e utilizaram um microorganismo que cresce no lodo para controlar seu robô. Ao invés de um cérebro de barata, o robô de seis pernas tem um cérebro de ameba.
O Physarum polycephalum é um organismo unicelular que vive no lodo e não gosta de luz. Foi justamente este comportamento que os cientistas exploraram no controle do seu robô. Eles conseguiram conectar o microorganismo à parte eletrônica, substituindo os microprocessadores normalmente utilizados no controle de robôs por uma colônia desses amebóides.
O robô de seis pernas tem capacidade para andar em qualquer direção. Quando percebe uma luz, o microorganismo foge naturalmente dela, levando o robô a procurar um lugar escuro para se refugiar.
Os cientistas acreditam que uma arquitetura híbrida bio-eletrônica pode ser a forma mais fácil de dar um nível razoável de inteligência a um robô, quebrando a até agora quase intransponível barreira da complexidade que representa programar a interação dos robôs com o meio-ambiente.