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Robótica

Robô-criança poderá aprender a falar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/10/2004

Robô-criança poderá aprender a falar

A comunicação pré-verbal é o principal meio pelo qual as crianças interagem com o mundo ao seu redor antes de aprenderem a falar. Mas expressões gestuais e faciais, o ato de apontar ou de simplesmente parar para observar, infelizmente, não é algo natural para crianças com deficiência de aprendizagem ou, por exemplo, para aquelas portadoras de autismo.

Para conseguir criar tratamentos mais eficazes para esses problemas, os cientistas devem antes entender em profundidade como se desenvolve e como funciona a comunicação humana.

Para auxiliar nesse trabalho, cientistas japoneses estão desenvolvendo um robô, batizado de Infanóide, em uma pesquisa cujo objetivo a longo prazo é que o robô aprenda a falar. O trabalho, que já se desenvolve há cerca de dois anos, tenta simular comportamentos naturais humanos, como a habilidade de chamar a atenção e de detectar quando se é alvo dessa atenção.

Para isso, o Infanóide está sendo programado em quatro tarefas essenciais:

  • detectar uma ou mais faces humanas em uma cena
  • focar numa face, capturando uma imagem de alta precisão
  • capturar a atenção direcional daquela pessoa, detectando para onde ela está olhando
  • procurar e identificar o objeto alvo da atenção da pessoa.

Esse comportamento resultará no que os cientistas chamam de "atenção compartilhada" ou "atenção conjunta". O robô já consegue identificar uma série de sensações da pessoa em relação ao objeto e até o que ela está fazendo em relação àquele objeto como, por exemplo, tentando pegá-lo ou afastando-se dele.

O fato de ter que detectar cada movimento ou expressão de uma pessoa, para programar o robô, está ajudando aos cientistas a entenderem melhor detalhes sutis da comunicação humana não-verbal. Isto poderá levar a instrumentos educativos que poderão auxiliar no tratamento de crianças autistas, que não conseguem ter "atenção compartilhada".

Os cientistas estão agora trabalhando na programação do Infanóide para que ele seja capaz de fazer associações entre os estímulos e as reações das pessoas. Se eles tiverem sucesso nessa tarefa, o robô poderá estar adquirindo capacidade de expressar-se por meio de uma linguagem, em termos de assimilar um sistema conceitual da mesma forma que acontece com os seres humanos.

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