Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2004
O grande desafio: um veículo robótico percorrer 250 quilômetros por uma área desértica, de forma totalmente autônoma e sem nenhuma assistência humana. O prêmio para o vencedor era de US$1 milhão.
Inscreveram-se concorrentes de todos os calibres: desde inventores caseiros com seus modelos construídos em fundo de quintal, até times de universidades patrocinados por grandes empresas, como Intel e Boeing. Times estes, aliás, nem um pouco preocupados com o mísero um milhão de dólares do prêmio, já que gastaram várias vezes isso para colocar na linha de largada jipes como Hummer e Grand Cherokee, ou mesmo caminhões militares. Todos dotados das mais modernas tecnologias, cedidas por empresas do setor de defesa e aeronáutica ávidas por chamar a atenção do governo para suas últimas soluções tecnológicas.
Mas nada foi suficiente. Alguns concorrentes nem sequer largaram. Outros bateram nos obstáculos poucos metros após a linha inicial. Um deles andou 100 metros e entrou em uma acentuada curva à esquerda; só não atropelou quem assistia ao evento porque todos os veículos possuíam um "botão de pânico", acionado pelo júri quando alguma coisa ameaçava dar errado.
E tudo deu errado. A grande maioria dos veículos simplesmente chocou-se com pedras no deserto ou caiu em buracos. O que mostra o quanto pode ser complicado ensinar a um robô uma tarefa aparentemente simples como dirigir um veículo por uma região desconhecida. Nem os mais modernos sensores e a navegação por GPS, disponíveis para todos os participantes, puderam evitar os choques.
Agora todos os times voltam às pranchetas. Haverá uma nova edição da corrida no próximo ano.