Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/09/2002
Substituto dos astronautas?
Os passeios espaciais dos astronautas sempre chamam a atenção. Embora já não sejam novidade, principalmente depois do início da construção da Estação Espacial Internacional, eles continuam sendo essenciais na maioria das missões.
Isso, contudo, não os torna menos demorados, caros e perigosos. A preparação para a saída, a cuidadosa navegação externa e o retorno do astronauta para o interior da nave tomam tempo precioso das missões. As roupas são caras e desajeitadas. E há sempre o risco da desconexão com a nave ou mesmo de se ser atingido por algum fragmento espacial.
Robô não autônomo
Tentando resolver tantos inconvenientes, a NASA está apostando firme da criação do seu Robonauta. Trata-se de um robô humanóide, não autônomo.
Isso significa que o robô será inteiramente controlado por um ser humano. Esse controle externo elimina a maior parte dos problemas envolvendo a criação de um robô.
Elimina também um sem número de peças e controles, tornando-o mais leve e ágil. E mais fácil de ser construído.
Robonauta
O Robonauta será inteiramente controlado por um astronauta que ficará dentro da nave. O astronauta utilizará uma espécie de capacete. Este capacete dará ao astronauta a mesma visão que o robô terá, estando do lado de fora da nave.
Equipamentos de manipulação conjugados ao capacete darão ao astronauta controlador o que os pesquisadores chamam de telepresença. Será como se o astronauta estivesse no lugar do robô.
As vantagens são enormes. É como ter um astronauta o tempo todo do lado de fora da nave, sem a necessidade de qualquer etapa de preparação para a saída e sem necessidade de troca de turno. Os astronautas poderão revezar-se no controle do robô, aumentando o tempo útil de cada missão.
Como todas as missões de construção da Estação Espacial Internacional prevêem a necessidade de saídas de astronautas para o exterior da nave, pode-se perceber o ganho que o Robonauta proporcionará.
Braço robótico
Cada braço do robô possui mais de 150 sensores, dando ao astronauta sensações tácteis, de calor, posição, força e torque. Os braços do Robonauta foram construídos com o mesmo princípio de um braço humano, onde cada elemento envia seus sinais para um sistema "nervoso" central, onde são processados e enviados para o astronauta de verdade, que controla o robô de um lugar seguro.
O desenho humanóide foi escolhido porque o Robonauta terá que desempenhar tarefas do ser humano. Desde o início da exploração espacial, instrumentos e naves foram construídos para serem utilizados por seres humanos. Logo, um robô que consiga fazer o trabalho de forma similar a um ser humano exigirá pouca ou nenhuma adaptação dos instrumentos.