Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/08/2002
Pesquisadores da Universidade de Gothenburg (Suécia), conseguiram fazer com que um robô aprendesse a voar, por si próprio, sem qualquer dado pré programado. Os engenheiros Krister Wolff e Peter Nordin conseguiram reproduzir em poucas horas, o que a natureza levou milhões de anos para ensinar aos pássaros. Mas o princípio utilizado foi o mesmo.
O robô possui asas de um metro de comprimento, feitas de balsa, uma madeira extremamente leve, utilizada na construção de aeromodelos. A madeira foi recoberta por um filme plástico fino e leve. Pequenos motores fazem com que o robô consiga mover suas asas prá frente ou prá trás, ou rodá-las em qualquer direção.
Com tamanha liberdade de movimentos e sem nenhuma instrução, o início da experiência não poderia ser mais gozado. O robô batia suas asas erraticamente, sem qualquer sincronia. Mas, aos poucos, ele conseguiu empreender movimentos que lhe permitiriam ganhar altura. Ainda que apenas permitissem saltos desajeitados, o robô começou a organizar seus próprios movimentos.
Após cerca de três horas, o robô abandonou suas tentativas atabalhoadas em favor de métodos mais efetivos. Ele começou a girar suas asas 90 graus e levantá-las, retornando-as em seguida á posição original.
Embora o robô tenha conseguido traçar seu próprio método de vôo, os motores que o equipam não são fortes o suficiente para fazê-lo voar de verdade. Mas o objetivo foi alcançado: ele aprendeu como fazê-lo. E o que os cientistas aprenderam poderá ser agora utilizado em protótipos de voem de verdade.