Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/07/2002
Surge mais um nome na lista dos "robôs pessoais". A maioria dos aficionados já se acostumou com Asimo, Aibo e Pino. Agora é a vez do NEC Papero. Papero é um acrônimo para "PArtner PErsonal RObot", algo como "parceiro pessoal". Ele é uma evolução do R100, lançado em 1.999, e foi projetado para auxiliar em tarefas domésticas e assistir crianças, idosos ou pessoas com mobilidade limitada.
Ao contrário dos seus "colegas", o Papero tem um visual bastante diferente, mais parecendo um brinquedo pedindo carinho do que um avançado robô dotado do que há de mais moderno em termos de sensores e reconhecimento de voz e imagem. Ele também não se move por pernas, mas através de três rodas, numa estrutura semelhante ao R2D2.
Também de forma diferente dos outros robôs pessoais, o Papero se destaca pela interface com o ser humano. São sensores que permitem que o robô ouça, saiba de onde vem o som e reconheça pessoas. Uma câmera de 330.000 pixels permite que o robô reconheça pessoas que se aproximem dele, através do rastreamento de rostos na imagem captada pela câmera. A mesma câmera serve para identificar obstáculos e mesmo gravar cenas como um filmadora comum.
O sentido de audição emprega quatro microfones. Três deles servem para detectar a origem do som, através da comparação das diferenças de tempo de que o som leva para atingir cada um deles. O quarto microfone é utilizado para reconhecimento de voz. Atualmente o Papero já reconhece 650 palavras mas pode pronunciar mais de 3.000. Não há limitações técnicas para esses números que crescerão rapidamente agora que o robô saiu do laboratório para testes de campo. Futuros proprietários do Papero poderão baixar arquivos via Internet para incrementar seu vocabulário.
Outros sensores, de toque e proximidade, tornam o robô capaz de detectar quando alguém toca sua cabeça ou mesmo levante-o e tente carregá-lo. Ao ser tocado, o Papero identifica a pessoa por meio de sua câmera e faz saudações diferenciadas conforme a o interlocutor. Ele conversará de forma diferente se se tratar de uma criança ou de um adulto.
Cinco sensores ultrasônicos tornam o Papero capaz de circular livremente pela casa, sem o risco de colisões com móveis ou pessoas. Não haverá também o risco de que ele fique encalhado em algum desnível da casa ou despenque escada abaixo.
Atendendo a comandos de voz, o Papero pode acionar equipamentos por controle remoto, como TVs, aparelhos de som, além de responder data e hora e fazer gracinhas, como dançar ou jogar vídeo-game.
A equipe de engenheiros da NEC pretende que o Papero seja um auxiliar de comunicações completo, podendo ser uma porta para idosos, crianças ou deficientes solicitarem ajuda ou instruções. O robô interpretará as solicitações ou as situações que presenciar e será capaz de acionar ajuda externa, através de telefone, Internet etc.
Para facilitar e baratear a produção, o Papero funciona baseado na arquitetura PC. Os trinta protótipos distribuídos para avaliações são baseados num Celeron 500 MHz, rodando Windows 98.