Thiago Romero - Agência FAPESP - 27/02/2007
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP) atua em diversas frentes, entre as quais a assistência e prevenção à saúde e a prestação de serviços na área médica e hospitalar. Mas um âmbito de atuação importante muitas vezes passa despercebido: o potencial de produção de conhecimento técnico-científico da entidade por meio de seus institutos de pesquisa.
Com o objetivo de divulgar essa produção e dar suporte ao desenvolvimento de novos estudos, a Rede de Informação e Conhecimento foi criada no fim de 2006, em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).
"A rede foi criada para fortalecer a divulgação dos avanços científicos da secretaria junto à sociedade brasileira", disse Sueli Gonsalez Saes, coordenadora-geral da iniciativa, à Agência FAPESP.
A rede, que utiliza o modelo de gestão de informação e conhecimento da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), conta atualmente com 5.354 registros de trabalhos ou publicações de pesquisadores vinculados a 13 unidades da SES-SP.
São elas: o Centro de Documentação (CCD), o Centro de Referência e Treinamento de DST e Aids, o Centro de Vigilância Sanitária, o Centro de Vigilância Epidemiológica, o Instituto Adolfo Lutz, o Instituto Butantan, o Instituto Clemente Ferreira, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o Instituto de Saúde, o Instituto Lauro de Souza Lima, o Instituto Pasteur e a Superintendência de Controle de Endemias.
"Outra finalidade da rede é integrar as bibliotecas dessas unidades, de modo a reunir o conhecimento produzido pela secretaria em uma única base de dados. O portal conta ainda com um sistema de gerência de projetos, que permite que todos os pesquisadores vinculados à secretaria possam acompanhar on-line os trabalhos em andamento nas unidades", explica Sueli.
A rede disponibiliza também o acesso a outras bases bibliográficas, como a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), a Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline), o acervo da biblioteca da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Sistema de Informação da Biblioteca da Organização Mundial da Saúde (Wholis).
Estão disponíveis quase 104 mil registros de trabalhos indexados nessas bases de dados, que podem ter vínculo ou não com os autores da SES. "Trata-se de uma notável produção científica, disponível para consulta pública, em diferentes áreas do conhecimento em saúde", explica Sueli.