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FAPEMIG faz transferência de tecnologia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/09/2003

FAPEMIG faz transferência de tecnologia

A FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), através de seu Escritório de Gestão Tecnológica, lançou o Edital de Oferta Pública para transferência de tecnologia da vacina antiofídica. O produto, com potencial para uso veterinário e humano, foi desenvolvido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), com o apoio da Fundação. O Edital foi publicado dia 16 de setembro, no Diário Oficial. Com isso, as empresas interessadas em adquirir os direitos de produção e comercialização da vacina já podem se apresentar.

Essa é a primeira fase do processo de transferência de tecnologia, chamada também pré-qualificação. As empresas e associações que podem ter interesse no produto são avisadas sobre a publicação do Edital e têm um prazo de aproximadamente 30 dias para reunirem uma série de documentos. A equipe do Escritório de Gestão Tecnológica (EGT/Fapemig) analisa e pré-qualifica alguns candidatos. Posteriormente, eles deverão enviar suas propostas para serem julgadas com base em diversos quesitos.

A vacina antiofídica será a segunda transferência de tecnologia do EGT. Em junho, os direitos de produção e comercialização da vacina sintética para o controle de carrapatos em bovinos, desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa com o apoio da Fapemig, foram transferidos com sucesso para o Laboratório Hertape, com sede em Juatuba/MG. A proposta apresentada pelo Laboratório foi escolhida entre outras cinco com base em aspectos como taxa pelo direito de iniciar a comercialização e a possibilidade de oferecer a tecnologia também no mercado externo.

Na opinião da coordenadora do Escritório, Janaína Araújo, a transferência de tecnologia é um exemplo de como o conhecimento gerado no Estado pode estimular o desenvolvimento econômico local e do país. "Um dos trabalhos do EGT é auxiliar os pesquisadores para que esse conhecimento seja explorado da forma mais adequada", ressalta.

A vacina antiofídica desenvolvida na Fundação Ezequiel Dias (Funed) é uma alternativa ao soro antiofídico, tratamento tradicional contra o envenenamento por picada de serpentes. O trabalho, coordenado pela pesquisadora Thaís Viana de Freitas, foi direcionado inicialmente para o uso veterinário, por se tratar da área de maior demanda. Estima-se que cerca de um milhão de animais domésticos (bovinos, eqüinos e caprinos) sejam perdidos anualmente, no Brasil, em conseqüência de acidentes ofídicos. Nesses casos, a soroterapia não é utilizada devido ao alto custo do tratamento.

O produto da Funed também tem potencial para uso humano. Ao contrário do soro antiofídico, que serve como tratamento após a picada, a vacina tem efeito profilático, pois estimula a produção de anticorpos e imuniza o organismo contra o veneno. Essa é uma boa notícia principalmente para as pessoas que convivem com o risco de envenenamento, como guardas florestais, tratadores, pesquisadores e amantes do ecoturismo.


www.fapemig.br

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