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Seminário avalia competitividade do software brasileiro

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/08/2003


Executivos do Ministério da Ciência e Tecnologia, SOFTEX, Sebrae, Finep, BNDES, Secretaria de Ciência e Tecnologia do RJ, entre outras entidades, se reuniram no Seminário "A Indústria de Software no Brasil", na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), para discutir as perspectivas e a competitividade do setor no País.

A articulação de políticas conjuntas entre a iniciativa privada e o poder público é o caminho considerado mais curto pelos participantes para fortalecer a indústria nacional. "É preciso definir objetivos estratégicos para que indústria não se desenvolva de forma aleatória", disse Francelino Grando, secretário de política de informática do MCT, na abertura do evento, promovido pela ACRJ em parceria com o Agente SOFTEX do Rio de Janeiro (Riosoft) e o Sebrae-RJ.

Para os palestrantes, a discussão em torno do fortalecimento da marca Brasil, no mercado local ou internacional, é importante para garantir a excelência em inovação tecnológica. "Temos como grande patrimônio a criatividade, é um atributo que caracteriza o povo brasileiro", assinalou o secretário, referindo-se não apenas a tecnologia, mas à diversas manifestações sócio-culturais.

A opinião foi compartilhada pelos participantes. Em seu discurso, Márcio Girão Barroso, Presidente da SOFTEX, citou o sucesso obtido pelo Brasil em alguns nichos. "Nossos sistemas financeiros e de e-gov são um exemplo em toda a América Latina", assinalou o executivo, comparando o potencial brasileiro ao de um "cavalo encabrestado", que tem muita energia, mas precisa ser guiado.

Girão moderou um painel de debates na segunda parte do evento, no qual os temas ligados ao fomento à indústria foram uma constante. "Na verdade, a política de informática que temos é de hardware e não de software", lamentou Francelino Grando, "mas estamos trabalhando para reverter este quadro", completou o executivo, referindo-se ao apoio que diversos projetos de P&D em software, sobretudo em universidades, tem recebido por conta dos Fundos Setoriais.

Arthur Pereira Nunes, secretário adjunto do MCT e presidente do Comitê Gestor de Internet (CGI), destacou que uma das saídas para fortalecer a indústria local é o uso de linhas de crédito para aquisição de programas - e não apenas para incentivar a produção. "É essencial criar mecanismos de financiamento para o usuário final, pois isso abriria oportunidades de crescimento do software nacional, sobretudo para competir com o importado", observou.

A participação do Rio na criação de oportunidades para o setor também foi destacada durante o seminário. Paulo Alcântara Gomes, presidente do Sebrae-RJ, lembrou que, para 2003, a entidade tem um orçamento de R$ 3,8 milhões para investir em empresas de três arranjos produtivos - o Petrópolis Tecnópolis, o pólo de TI do centro da cidade e o de Niterói (direcionado à indústria naval).

O evento marcou ainda a apresentação de novos dados comparativos da Pesquisa MIT/SOFTEX. Com a divulgação dos resultados das etapas Índia e China da pesquisa, foi possível efetuar um cruzamento mais detalhado de informações dos três países. Um relatório final com as conclusões da pesquisa está sendo preparado para apresentação no próximo dia 15 de setembro, no MIT, em Boston (EUA).


Ana Lúcia do Nascimento (Softex)



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