Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/02/2006
Pesquisadores do MIT, Estados Unidos, descobriram uma forma de comprimir o tamanho de cristais, produzindo ligas metálicas melhores e mais seguras. Os novos materiais resultantes dessa compressão dos cristais poderão vir a substituir revestimentos metálicos como a cromação, que apresenta riscos para a saúde de quem trabalha no seu processo produtivo.
O novo método, desenvolvido pelos cientistas Christopher Schuh e Andrew Detor, consiste na compressão dos cristais no interior de uma liga metálica. Ao serem comprimidos, os cristais tornam-se mais duros.
Para a substituição do cromo, os pesquisadores comprimiram cristais de níquel e tungstênio de tal forma que a liga metálica resultante é tão dura quanto o cromo.
A descoberta consiste em uma alteração feita durante o processo de galvanização, envolvendo a manipulação em escala nanométrica do material. Nessa manipulação, os átomos de níquel e tungstênio mudam seu arranjo normal à medida em que são laminados sobre outro metal.
"A capacidade para controlar a estrutura de um metal tão próximo da escala atômica é uma novidade e nos permite tornar a liga muito dura," disse Schuh.
No novo revestimento metálico, cada aglomerado microscópio de níquel é circundado por porções cada vez menores de tungstênio. Os pesquisadores conseguiram controlar como o tunsgtênio preenche os espaços entre os cristais de níquel, criando uma estrutura cristalina mais apertada do que nos metais e nas ligas tradicionais.
Segundos os cientistas, além de criar uma alternativa de revestimento, o novo método permite a manipulação dos metais para melhorar sua resistência à fratura, à corrosão e outros desgastes. Nos testes de avaliação, peças de aço revestidas com a nova liga resistiram melhor à corrosão do que peças revestidas com cromo.
Para comercializar a nova liga metálica, os pesquisadores fundaram a empresa Xtalic Corp.