Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/02/2005
O olho humano é capaz de captar apenas uma faixa do espectro luminoso, com comprimentos de onda entre 380 e 780 nanômetros. Isso significa que não será possível enxergar nada menor do que isto, já que o próprio objeto seria menor do que a onda que o traria aos nossos olhos. Essa era a verdade até agora... mas ela já está mudando.
Uma nova tecnologia de imageamento óptico, desenvolvida pelo laboratório NIST, dos Estados Unidos, utiliza combinações de ondas de luz dinamicamente controladas, otimizadas para determinadas propriedades específicas, como a polarização.
O campo de iluminação estruturada é projetado especificamente para destacar a geometria particular de cada tipo de objeto ou partícula. Como ele se espalha após atingir o objeto-alvo, é possível "enxergar" objetos de dimensões tão pequenas quanto 10 nanômetros.
A nova tecnologia deverá dar nova vida ao bom e velho microscópio óptico, que andava meio fora de moda desde o advento da nanotecnologia. Na verdade, os cientistas sugerem que uma versão híbrida do microscópio óptico, incorporando recursos eletrônicos, poderá permitir a visão de objetos ainda menores do que 10 nanômetros.
Em testes preliminares, utilizando luz violeta com comprimento de onda de 436 nanômetros, eles conseguiram visualizar objetos de 40 nanômetros, cinco vezes menores do que era possível de se ver até agora com os microscópios ópticos. Hoje, utilizando as mais avançadas técnicas, é possível gerar imagens diretas de objetos com, no mínimo, 200 nanômetros de tamanho.
Depois de totalmente desenvolvida, a tecnologia poderá ser incorporada nos processos de fabricação de chips ou de qualquer outro processo industrial, permitindo a construção monitorada de produtos com dimensões em escala nanométrica.