Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/03/2006
Químicos da Universidade de Brown, Estados Unidos, descobriram como juntar um metal raro com hidroquinonas, cristais orgânicos que desempenham um papel crucial em vários processos biológicos, mas que servem também para a fabricação de cremes de beleza e plásticos de alto desempenho.
O resultado é uma nova classe de compostos químicos que poderão ser úteis em várias aplicações, da fabricação de medicamentos até o armazenamento sólido de hidrogênio.
Para produzir as novas moléculas, os cientistas juntaram as quinonas com ródio, um metal precioso fisicamente parecido com a prata, criando as quinonas de ródio.
O ródio é mais leve do que a platina, mais raro do que o ouro e o mais caro de todos os metais. Ele custa cerca de R$220,00 o grama; perto disso o ouro é uma pechincha, estando cotado por volta de R$41,00 o grama.
Nem isso deverá inibir a utilização dos novos compostos, já que estas substâncias são manipuladas em quantidades muito pequenas. E, mesmo caro, o ródio está presente em várias aplicações de ponta, como anticongelantes, na fabricação de plásticos de última geração e, por ser o mais reflexivo de todos os metais, nos espelhos de telescópios e aceleradores de partículas.
Como catalisadores, as quinonas de ródio são eficientes nas reações de acoplamento carbono-carbono, essenciais na fabricação de drogas contra o câncer e a depressão.