Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/03/2004
A alta tecnologia já está, literalmente, na ponta dos dedos de médicos e profissionais de saúde. Uma nova tecnologia, patrocinada pela IDSA ("Infectious Diseases Society of America": Sociedade de Doenças Infecciosas da América), permitirá a fabricação de luvas que emitem dióxido de cloro quando expostas à luz ou à umidade, matando micróbios potencialmente perigosos.
As luvas, que podem ser fabricadas de vinil ou polietileno, recebem microesferas que liberam o dióxido de cloro, um gás solúvel em água utilizado na desinfecção de água potável e no processamento de alimentos. O dióxido de cloro consegue destruir uma grande variedade de microorganismos, incluindo E.coli, estafilococo e salmonela, reduzindo o risco de transmissão dessas bactérias.
Segundo o Dr. Michael Barza, autor do artigo que descreve a nova descoberta, publicado no exemplar de Março do periódico "Clinical Infectious Diseases", "O mais interessante sobre esta nova tecnologia é que ela é realmente uma nova plataforma tecnológica que poderá ser aplicada para o controle de infecção em muitas outras circunstâncias além de luvas e mãos. Por exemplo, ela poderá ser utilizada na indústria de alimentos, incluindo supermercados e lanchonetes."
Ou seja, as novas luvas são ideais para uso não apenas de profissionais de saúde, mas também para trabalhadores da indústria de alimentos. A mesma tecnologia de microesferas, agora utilizada na fabricação de luvas, também poderá vir a ser utilizada na fabricação de outros equipamentos, como catéteres, por exemplo.
Embora ainda não estejam disponíveis comercialmente, o pesquisador estima que as novas luvas deverão custar pouco mais do que as luvas descartáveis tradicionais.