Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/06/2002
Uma nova e econômica tecnologia para a separação e captura de dióxido de carbono de processos industriais poderá permitir uma significativa redução no lançamento na atmosfera de gases que provocam o efeito estufa.
As fábricas são responsáveis por cerca de 30% de todo o CO2 liberado atualmente.
Cientistas do Departamento de Energia do Laboratório Los Alamos (Estados Unidos) estão desenvolvendo uma nova membrana para separar o CO2, evitando que ele escape para o ambiente e amplie o efeito estufa.
Os gases oriundos de processos industriais podem atingir até 375º C. As membranas atualmente disponíveis para separação de gases estão limitadas a temperaturas de operação de 150º C. Isto faz com que o gás exaurido das fábricas tenha que ser resfriado abaixo dos 150º C, para somente então serem filtrados. Isto reduz a eficiência e encarece o processo.
A nova membrana, ao eliminar a necessidade da etapa de resfriamento, torna o processo mais prático e mais barato. O material polímero-metálico que mostrou-se estável a até 370º C.
A nova membrana poderá ser utilizada em processos que visem a separação de dióxido de carbono de hidrogênio ou de gás metano, por exemplo. Ela foi construída a partir do PBI (polibenzimidazol) combinado com um composto metálico, que serve como suporte.