Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/09/2007
Construa seu próprio supercomputador
Os computadores domésticos de hoje têm capacidade superior aos supercomputadores de uma década atrás. Mas o que fazer se você deseja, ou precisa, de um supercomputador hoje, e não pode esperar dez anos para resolver os seus cálculos?
Este é o caso de inúmeros pesquisadores, em escolas e institutos de pesquisas sem os recursos necessários para adquirir um supercomputador comercial.
Tim Brom, um estudante da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, auxiliado pelo seu professor Joel Adams, levou essa questão bem a sério e resolveu projetar e construir o seu próprio supercomputador.
A um custo de US$2.570,00, eles construíram o seu Microwulf, um supercomputador quase portátil, certamente o menor e mais barato supercomputador do mundo. Construído com peças disponíveis no comércio, o Microwulf alcança a marca de 26,25 gigaflops - 26,25 bilhões de operações de vírgula flutuante por segundo.
Isso torna o Microwulf mais de duas vezes superior ao famoso Deep Blue, o supercomputador da IBM que derrotou o campeão de xadrez Gary Kasparov, em 1997. O Deep Blue custava, sem considerar a inflação desde então, a bagatela de US$5 milhões.
"Tanto quanto sabemos, este é o primeiro supercomputador que tem essa baixa relação preço/desempenho - o primeiro a custar menos de US$100 por gigaflop," diz Adams.
Supercomputador portátil
O supercomputador portátil é formado por quatro placas-mãe dotadas de processadores dual-core, interligadas por um switch gigabit de oito portas.
A disposição dos componentes e suas interconexões em três andares torna o Microwulf pequeno o suficiente para poder ser carregado e colocado em qualquer ambiente que disponha de um mínimo de espaço.
O supercomputador é considerado um cluster Beowulf, um grupo de computadores interligados, trabalhando de forma paralela para resolver um determinado cálculo e rodando software livre.
Todos os dados da construção do supercomputador caseiro estão sendo disponibilizados pelos pesquisadores em seu site (http://www.calvin.edu/~adams/research/microwulf/), o que permite que outros pesquisadores possam reproduzir a façanha.