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Informática

Pesquisa irá fazer revisão geral da Internet

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/03/2007

Pesquisa irá fazer revisão geral da Internet

A Internet foi uma das maiores criações humanas no século XX e já é a base sobre a qual estão se estabelecendo grande parte das relações sociais e da forma como são feitos os negócios no século XXI. Mas como ela será daqui a 15 ou 20 anos? Sua base técnica atual será suficiente para suportar o ritmo de crescimento de sua utilização? Estará ela pronta para atender às novas necessidades e dar vazão ao aumento do poder de processamento dos computadores?

Perguntas como essas estão ocupando cientistas do mundo todo. Não há respostas fáceis para nenhuma dessas perguntas - mas já se sabe claramente que a Internet terá que ser reinventada provavalmente a cada década ou pouco mais.

Revolução na Internet

É isto o que estão fazendo pesquisadores da Universidade de Stanford, Estados Unidos, que criaram o Projeto Lousa Limpa. A idéia é radical: repensar toda a Internet, sem nenhuma consideração com o que existe hoje, sem nenhuma preocupação prévia com o que já existe, em um enfoque do tipo "nada é sagrado".

É claro que os cientistas não pretendem criar "internets paralelas", que não conversem entre si, o que seria um absurdo. Mas a postura radical é essencial para que surjam idéias realmente inovadoras e até revolucionárias. Implantá-las em paralelo com as atuais ou simplesmente substituir tudo o que existe hoje será uma discussão posterior.

"Como deverá se parecer a Internet daqui a 15 anos?", pergunta o pesquisador Nick McKeown. "Nós deveremos ser capazes de responder a essa questão ao dizermos que criamos exatamente aquilo de que precisamos, e não apenas que nós tapamos alguns buracos, fizemos alguns ajustes finos ou contornamos alguns problemas. Vamos inventar o carro ao invés de dar melhor comida ao velho cavalo."

A nova pesquisa é uma espécie de complemento a dois outros esforços que já estão em andamento. O primeiro, batizado de Projeto GENI ("Global Environment for Network Innovations": ambiente global para inovações em rede) planeja construir uma rede de pesquisas em arquiteturas de rede. O segundo projeto é o FIND ("Future Internet Network Design": design futuro da Internet), que quer criar novas arquiteturas para a Internet como um todo (veja links abaixo, no quadro Para navegar).

Rede com segurança total

Contrastando com o espírito aberto da Internet, o primeiro protótipo construído pelos pesquisadores pode assustar à primeira vista, embora ele vislumbre inicialmente o ambiente das redes corporativas ou institucionais.

Nas redes de computadores empresariais atuais, o padrão é que as comunicações entre os computadores sejam permitidas por default, o que exige um grande esforço dos administradores dessas redes para prover medidas efetivas de segurança e de privacidade.

No novo conceito, batizado de Projeto Etano, que está sendo testado em uma rede experimental formada or 400 pontos de redes sem fio, em princípio todas as comunicações são proibidas. A partir daí, os administradores da rede abrem os canais de comunicação à medida em que eles forem sendo necessários. Depois do uso, eles voltam a se fechar.

Redes sem fio

Um segundo projeto lida diretamente com a comunicação das redes sem fio. Há um crescente descasamento entre a disponibilidade de banda nas redes sem fio e o estrondoso crescimento de sua demanda. Os engenheiros querem descobrir formas de dar aos dispositivos sem fio (PDAs, telefones celulares e computadores portáteis) a flexibilidade para encontrar e acessar segmentos do espectro eletromagnético não utilizados quando eles necessitarem deles.

"Nós estamos propondo um redesenho do tipo 'lousa limpa' da alocação do espectro wireless, para garantir a utilização eficiente desse escasso espectro ao longo do tempo e do espaço nas futuras redes sem fio," explica o responsável por este projeto, o engenheiro Ramesh Johari.

Switches ópticos

Já o professor Leonid Kazovsky quer mudar a forma como os roteadores centrais da Internet, aqueles que fazem parte do seu backbone, interagem com os roteadores que ficam nas bordas, com os quais os usuários se conectam.

Batizado do LightFlow, esse projeto planeja substituir os grandes roteadores no backbone por switches ópticos de alta eficiência, que serão mais flexíveis e atenderão melhor à demanda dos roteadores externos. Isto permitirá que os provedores de internet tenham exatamente a largura de banda que necessitarem, quando seus usuários a demandarem.

Os switches ópticos são 10 vezes mais baratos, consomem 10 vezes menos energia e têm 10 vezes a capacidade dos roteadores eletrônicos. Utilizando esses switches ópticos, a Internet do futuro gastará menos energia, será mais barata e terá uma capacidade de comunicação muito maior.

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