Programa lê a Web inteira

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/06/2003

A empresa norte-americana IBM divulgou uma nova técnica que poderá revolucionar a pesquisa de informações na Internet. Baseada em análise textual e heurística, a nova técnica representa um meio mais eficiente de se fazer com que os computadores analisem textos, reconhecendo padrões de significado. Numa palavra, faz com que os computadores possam ler e entender textos.

A quase totalidade das buscas por informações hoje feitas na Internet baseia-se na utilização de mecanismos de busca, como o Google ou Alta Vista. Estes mecanismos de busca possuem softwares-robô que percorrem todos os sites da Internet, indexando seu conteúdo. Quando um usuário efetua a busca por um termo, o mecanismo de busca procura por aquela palavra em seu índice e oferece como resultado uma lista dos sites que ele considera mais relevantes. É justamente nesse ponto que a nova pesquisa adiciona inteligência a esses mecanismos, auxiliando-os a decidir melhor o que é relevante.

A pesquisa, chamada Web Graph Structure (Estrutura Gráfica da Web), é chefiada pelo inglês Andrew Tomkins, um cientista da computação de apenas 34 anos de idade. Ao invés de simplesmente indexar o conteúdo, o programa de Tomkins "lê" virtualmente tudo o que há na Internet, bilhões de páginas de textos em centenas de idiomas.

Segundo o pesquisador, efetuando-se as perguntas corretas, o Web Graph Structure é capaz de efetuar uma pesquisa de mercado mundial quase que instantaneamente. Pode-se, por exemplo, verificar o efeito do lançamento de um filme como Matrix um dia após seu lançamento, comparando as opiniões de críticos de cinema, noticiários, relatórios de bilheteria e mesmo blogs de fãs.

A IBM entusiasmou-se tanto com os resultados mostrados pelo seu pesquisador que rebatizou o projeto, chamando-o de Web Fountain e lançando-o como um serviço para seus clientes corporativos. O novo serviço estará disponível através do braço de consultoria da Big Blue, a IBM Global Services, até o final deste ano. Mas o programa já está sob avaliação de alguns "clientes sofisticados", empresas cujos nomes não foram revelados.