Ficou mais fácil tentar encontrar os restos da Arca de Noé

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2004

No ano 2000, o ônibus espacial Endeavour empreendeu uma missão científica de 11 dias que, provavelmente, será a mais lembrada da história. A bordo, um sistema de radar especialmente preparado capturou imagens para a criação do primeiro mapa 3-D de todo o planeta.

O projeto SRTM ("Shuttle Radar Topography Mission") deixará lembranças não apenas pelo impacto de suas imagens impressionantes, que já estão levando ao deleite geógrafos do mundo todo, mas também pela importância científica e econômica do mapeamento tridimensional da Terra.

Os mapas tridimensionais ajudarão engenheiros que estejam projetando estradas, geológos trabalhando com levantamentos geoquímicos e geofísicos, profissionais de agropecuária, planejadores urbanos e de estruturas agrárias, enfim, as possibilidades são imensas. E claro, aventureiros e amantes de esportes radicais poderão planejar com muito mais cuidado seus passeios.

A NASA já começou a liberar os primeiros mapas. Mas ainda demorarão alguns anos para que todo o trabalho esteja concluído. O volume de dados a serem processados é imenso. Além disso a conversão dos dados coletados pelo radar em imagens adequadas ao olhar humano é uma tarefa que exige grande volume processamento e muito cuidado técnico.

A belíssima imagem acima é do Monte Ararat, o pico mais alto da Turquia, com 5.165 metros. Segundo a lenda, a Arca de Noé teria atracado aí, depois que as águas do dilúvio se foram. Várias expedições já tentaram chegar ao topo do Ararat em busca dos restos da Arca, mas nada foi encontrado até hoje.

Entre as imagens divulgadas pela NASA, quatro são do território brasileiro, embora nenhuma com a expressão visual desta do Monte Ararat. Três são do estado da Bahia: duas da Serra da Jacobina (imagem 1, imagem 2) e uma da região do Rio São Francisco. A quarta imagem é da represa de Balbina, no Amazonas.