Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/04/2004
Gelo de Ártico
Certificar-se de que as medições feitas pelos satélites artificiais sejam sempre o mais precisas possível tem sido sempre uma tarefa difícil para os engenheiros.
E está sendo particularmente difícil no caso do CryoSat, um satélite da Agência Espacial Européia (ESA) que deverá medir variações mínimas, de poucos centímetros, da camada de gelo que recobre o círculo polar Ártico.
O CryoSat faz parte do projeto "Living Planet" da ESA e deverá ser lançado no final de 2004. De uma altitude de 720 quilômetros, ele deverá responder se as massas de gelo da Terra estão realmente se tornando mais finas ou não.
Eliminando erros
Para fazer seu trabalho, o satélite levará um equipamento chamado SIRAL ("SAR/Interferometric Radar Altimeter").
Entretanto, os dados transmitidos à Terra poderão estar errados por uma série de razões.
Por exemplo, as diferentes estações alteram as propriedades da neve e do gelo e isto pode influenciar o sinal refletido de volta para o radar do satélite.
Estas fontes de erro têm que ser exaustivamente investigadas antes que o satélite seja lançado. E, mesmo depois que ele estiver no espaço, suas medições devem ser comparadas sistematicamente com medições feitas diretamente no local, por equipes de terra.
Simulando um satélite
Os testes iniciais estão sendo feitos por meio de sobrevôos sobre a região polar, simulando leituras feitas à maior altitude possível.
Enquanto isso, equipes no solo efetuam as mesmas medições.
As comparações entre os dados irão permitir aos engenheiros ajustar corretamente os equipamentos de forma a minimizar as possibilidades de erro quando o satélite estiver operacional.