Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Espaço

Marte será explorado por aviões parecidos com insetos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/06/2002

Marte será explorado por aviões parecidos com insetos

Os resultados pouco animadores das missões a Marte estão fazendo a NASA repensar a forma de explorar o planeta vermelho. O pequeno jipe Sojourner cativou a todos e ganhou até fã clube. Mas os engenheiros tiveram que admitir que seu deslocamento é difícil e arriscado no terreno pedregoso e cheio de canais de Marte.

A solução pode estar em artefatos voadores. Mas nada de aviões tradicionais. As pesquisas estão apontando para a utilização de uma tecnologia quase sem utilização prática na Terra. Aparelhos voadores que batem as asas. Mais especificamente, aviões que imitem insetos, batendo as asas freneticamente. As recentes pesquisas e experimentos estão deixando preocupados os adeptos da adoção de outras tecnologias, como aviões de asas fixas e balões, para a exploração do planeta vermelho. Os aviões de asas fixas são, na verdade, os últimos na fila, uma vez que os primeiros artefatos a serem utilizados em Marte não poderiam depender de algo tão requintado quanto a mais simples pista de pouso.

A saída mais eficiente pode mesmo em artefatos voadores, desde que eles sejam capazes de decolar e pousar verticalmente, o que os torna imunes às características do relevo marciano. A combinação de uma atmosfera rarefeita e baixa gravidade, pode tornar factível a utilização de aviões com movimento de asas. A nave que fosse utilizada para levá-los até o solo funcionaria como uma espécie de base, de onde eles poderiam levantar vôo, indo até pontos escolhidos, coletar amostras, tirar fotografias e fazer experimentos, retornando depois à base. A base, dotada de fonte de energia, química ou solar, faria o reabastecimento dos pequenos aviões, que estariam então prontos para novas missões.

Para se sustentar na atmosfera rarefeita de Marte, semelhante à atmosfera terrestre a cerca de 30.000 metros de altitude, um avião comum deveria voar a cerca de 400 quilômetros por hora para ter sustentação. Mas um inseto voa utilizando princípios aerodinâmicos muito diferentes de aviões ou pássaros. O movimento das asas de um inseto cria vórtices de ar junto às bordas das asas que produzem forças excepcionalmente fortes, tanto para movimentos de subida quanto laterais. Um artefato voador desse tipo poderia bater as asas cerca de 10 vezes por segundo e voar a até 50 quilômetros por hora.

Para tornar os insetos voadores mais eficientes, os pesquisadores estão planejando utilizar várias inovações, principalmente a reciclagem do calor do escapamento dos motores, que poderá ser convertido em eletricidade. Os gases exauridos serão direcionados para orifícios de forma a criar feixes de ultrasons, que o inseto voador irá utilizar para se desviar de obstáculos, da mesma forma que os morcegos fazem.

Os protótipos até agora construídos ainda possuem os motores muito pesados. Os pesquisadores estão trabalhando justamente na diminuição desse peso. Mas exemplares feitos de plástico e madeira mostraram resultados animadores.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Marte
  • Robôs
  • Exploração Espacial

Mais tópicos