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Meio ambiente

Técnica elimina perclorato do ambiente e identifica sua origem

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/11/2004

Técnica elimina perclorato do ambiente e identifica sua origem

Cientistas dos Laboratórios Oak Ridge, Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica capaz não apenas de limpar áreas contaminadas com perclorato, mas também de detectar se a contaminação é natural ou se foi causada pelo homem.

O perclorato (ClO4) causa danos à glândula tireóide, que regula o metabolismo nos seres humanos adultos e o desenvolvimento físico das crianças. A contaminação com o perclorato tem aumentado significativamente nos últimos anos, já tendo sido detectada tanto no solo quanto na água.

Mas, nesta história, o homem pode não ser sempre o vilão. É que o perclorato, além de ser utilizado para a fabricação de explosivos e combustíveis para foguetes, também pode ocorrer naturalmente, principalmente em regiões de mineração de fertilizantes.

O método tradicional de eliminação do perclorato utiliza pequenas gotas de resina para capturar o contaminante. O problema é que a própria resina fica contaminada o problema tem que ser transportado para outro lugar.

Já o novo método, desenvolvido pelo professor Baohua Gu e sua equipe, quebra a molécula do perclorato em cloreto e água e recarrega a resina, permitindo sua reutilização inúmeras vezes. O processo custa 80 por cento menos do que o método antigo.

Mas o professor Gu e seus colegas Jusuke Horita e Gilbert Brown descobriram um interessante efeito colateral da sua descoberta: o processo purifica o perclorato, permitindo que os cientistas isolem elementos-traço e examinem o composto com um nível de detalhamento que era impraticável até agora.

Utilizando análise isotópica, eles compararam o perclorato que ocorre naturalmente, proveniente das minas de fertilizantes do Chile, com amostras sintéticas e descobriram que o composto natural tem uma proporção maior do isótopo oxigênio-17 (um átomo de oxigênio com oito prótons e nove nêutrons) e uma menor quantidade do cloro-37 (um átomo de cloro com 17 prótons e 20 nêutrons).

"Nossa descoberta mostra que o tratamento [que desenvolvemos] é uma ferramenta para a identificação e análise forense de contaminações de perclorato no meio-ambiente," afirmou Gu.

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