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Energia

Nanobateria de papel é fina, flexível e pode ser impressa

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/08/2007

Nanobateria de papel é fina

A nova nanobateria pode ser facilmente confundida com um pedaço de papel preto. E não é só na aparência que ela lembra o papel - ela é construída por métodos de impressão, de forma muito semelhante à utilizada para se imprimir uma carta em uma folha de papel A4.

Baterias finas e flexíveis

Não é só porque os equipamentos eletrônicos estão ficando cada vez menores que há necessidade de baterias finas e flexíveis. Novas aplicações, como equipamentos médicos implantáveis e equipamentos com telas flexíveis, que poderão ser enroladas, estão exigindo uma nova tecnologia de armazenamento de energia que os viabilize.

Foi pensando nisso que os engenheiros do Instituto Politécnico Rensselaer, dos Estados Unidos, desenvolveram a nanobateria de papel. O armazenamento de energia é feito em uma camada de polímero ao qual são incorporados nanotubos de carbono - o material resultante é chamado de nanocompósito. O eletrólito é um líquido iônico, uma espécie de sal que não evapora.

Nanobateria de papel

A semelhança com o papel não é mera coincidência: mais de 90% da nanobateria é composta de celulose. Mesmo assim ela é completamente integrada - não exige componentes externos - e pode ser fabricada por métodos de impressão.

O resultado é uma bateria super-leve, fina como papel e completamente flexível (para conhecer outra bateria com características semelhantes veja Nova bateria é fina como papel e recarrega em 30 segundos). A flexibilidade é um ítem importante porque passa a ser possível colocar a bateria em espaços irregulares, dando liberdade de design aos projetistas e tirando proveito de áreas ociosas no interior dos equipamentos.

Bateria e capacitor

Os nanotubos de carbono são infundidos no papel de forma alinhada. Além de darem a coloração preta à bateria de papel, os nanotubos funcionam como eletrodos e permitem que o nanocompósito conduza eletricidade.

O nanocompósito pode funcionar de duas formas: como uma bateria tradicional, que substitui as atuais baterias de lítio e como um supercapacitor, um dispositivo que acumula energia e a libera de forma quase instantânea. Nos sistemas eletrônicos atuais, baterias e capacitores são componentes separados.

"Nós não estamos juntando peças, este é um dispositivo único, integrado," diz o pesquisador Robert Linhardt. "Os componentes são molecularmente ligados uns aos outros: a impressão de nanotubos de carbono é incorporada no papel, e o eletrólito é embebido no papel. O resultado é um dispositivo que se parece visualmente e pelo tato e pesa exatamente como um papel."

Bibliografia:

Artigo: Flexible Energy Storage Devices Based on Nanocomposite Paper
Autores: Robert Linhardt, Pulickel M. Ajayan, Omkaram Nalamasu, Victor Pushparaj, Shaijumon M. Manikoth, Ashavani Kumar, Saravanababu Murugesan, Lijie Ci, Robert Vajtai
Revista: Proceedings of the National Academy of Sciences
Data: Aug. 13 2007
Vol.: In review
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