Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/10/2006
Cientistas da Universidade de Brown, Estados Unidos, criaram um novo tipo de bateria que utiliza plástico, e não metal, para conduzir a corrente elétrica. A bateria híbrida junta o poder de descarga de um capacitor com a capacidade de armazenamento de uma bateria.
"As baterias têm limites," diz a pesquisadora Tayhas Palmore. "Outra opção são os capacitores. Esses componentes, encontrados em aparelhos eletrônicos, podem liberar um enorme pulso de energia. Mas eles não têm muita capacidade de armazenamento. Então, que tal combinar os elementos das baterias e dos capacitores?" indaga a pesquisadora.
Para fazer isso, Palmore e seu colega Hyun-Kon Song recobriram uma finíssima tira metálica com ouro e, a seguir, com uma película plástica. Em suas extremidades, eles colocaram polipirrol, um composto químico que conduz eletricidade e que valeu o Prêmio Nobel de Física de 2000 aos seus descobridores.
O processo foi repetido, desta vez utilizando outro composto químico para alterar a condutibilidade de uma segunda tira metálica. O resultado são duas tiras metálicas com diferentes pontas poliméricas. Elas foram a seguir superpostas, separadas por um material isolante.
Este é o esquema da nova bateria híbrida. Como um capacitor, ela pode ser carregada e descarregada rapidamente. E, como uma bateria, ela consegue armazenar energia e liberar essa energia durante um longo período.
O protótipo de bateria híbrida metal-plástico apresentou uma capacidade de carga duas vezes superior aos capacitores de dupla camada. E armazenou cerca de 100 vezes mais energia do que uma bateria alcalina comum.
Outra grande vantagem da nova bateria é a sua forma, planar, que poderá permitir sua incorporação em uma grande variedade de dispositivos eletrônicos.
Agora os cientistas precisam aumentar a vida útil da nova bateria, que apresenta degradação depois de poucos ciclos de carga e descarga.