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Eletrônica

Incorporação de circuitos eletrônicos cria nova classe de papéis inteligentes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/09/2007

Papéis inteligentes incorporam componentes eletrônicos

O papel e a eletrônica têm-se mostrado mais amigáveis do que poderia parecer possível. Afinal, o consumo de energia e o aquecimento inerente a todos os circuitos eletrônicos pode dar a impressão de que a mistura dos dois pudesse resultar em algo bem mais inflamável.

Papéis inteligentes

Contudo, já existe uma enorme gama de um novo material que já se convencionou chamar de papéis inteligentes - de discos ópticos de papel a papéis eletrônicos de diversos matizes e capacidades, passando pela inserção de chips no interior de folhas de papel e até por um papel celofane inteligente.

Agora, o cientista brasileiro Marcelo Coelho, trabalhando no MIT Media Lab, nos Estados Unidos, apresentou um enfoque mais simples, mas igualmente promissor, graças à miniaturização da eletrônica. Ele está incorporando componentes e circuitos eletrônicos diretamente em folhas de papel reciclável, para demonstrar uma tecnologia que ele batizou de computação baseado em polpa de papel.

Eletrônica incorporada em papel

Durante a Ubicomp 2007, Marcelo e seu colega Patti Maes apresentaram seu conceito de fabricar o papel já com os componentes eletrônicos incorporados, o que não exige o desenvolvimento de novas tecnologias, mas apenas a utilização dos minúsculos componentes eletrônicos atuais.

A Ubicomp 2007 é uma mostra internacional, que este ano está sendo realizada na Áustria, que visa explorar a idéia de disseminar a computação por qualquer lugar, retirando-a de dentro dos computadores e levando-a para a casa toda, para os pontos de ônibus e até jardins e praças públicas.

Papel interativo

Os protótipos montados pelos pesquisadores vão desde um alto-falante montado com tinta condutiva, que também pode funcionar como um sensor de toque, até um circuito integrado incorporado ao papel. Certamente que já há chips muito menores do que os utilizados por Marcelo e Maes, mas os diminutos chips RFID dificilmente seriam vistos pelos visitantes.

Misturando sensor e alto-falante, por exemplo, poderá permitir a fabricação de folhas de papel que tocam melodias ao toque ou simplesmente quando o usuário vira as páginas de uma revista. As possibilidades de uso para a veiculação de propagandas, por exemplo, são enormes.

"A vantagem do papel sobre outros materiais é que nós podemos fabricar objetos interativos que ainda se parecem e se comportam como papel," disse Marcelo.

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