Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/10/2005
Um morcego brasileiro deu seu nome para a mais nova tecnologia de imageamento a ser empregada em substituição aos detectores de metais, utilizados para fiscalizar passageiros em aeroportos. A nova tecnologia não se restringe a detectar metais: qualquer objeto, inclusive líquidos, pode ser visto com as novas câmeras.
O novo equipamento, batizado de Tadar, em homenagem ao morcego brasileiro Tadarida, utiliza câmeras que operam com comprimentos de onda na faixa dos milímetros, originalmente desenvolvidas para aplicações espaciais. Essa faixa do espectro é útil para a comunicação inter-satélites, devido à sua enorme largura de banda e baixa perda de sinal.
Os detectores de metais atuais, como seu próprio nome indica, estão limitados à deteção de objetos metálicos. Outras tecnologias de segurança, como os raios-X, utilizadas em bagagens, não são adequadas à fiscalização de humanos, devido ao seu efeito nocivo à saúde.
Agora, a empresa irlandesa Farran Technologies, utilizou a tecnologia desenvolvida para os satélites espaciais da Agência Espacial Européia para desenvolver o novo sistema, que é capaz de "ver" todos os objetos e não apenas os metálicos.
Os sensores do Tadar detectam a energia naturalmente emitida ou refletida pelos objetos, utilizando comprimentos de onda de aproxidamente 3 milímetros, que são completamente inofensivas aos seres humanos. Nesse comprimento de onda, as roupas se tornam transparentes, mas objetos densos, que possam estar escondidos sob elas, bloqueiam a radiação natural do corpo, aparecendo na tela com um contorno extremamente claro.
Chaves, moedas, canivetes e outros objetos que são normalmente levados nos bolsos, aparecem claramente. Cada tipo de material tem sua própria freqüência de resposta, produzindo imagens em sua cor característica, que funciona como se fosse uma impressão digital.